Ruud prepara-se para Sinner: «Parece que se esqueceu de como perder»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Novembro 16, 2024
ruud finals
Miguel Reis/Bola Amarela

Casper Ruud chegou a Turim num péssimo momento de forma, mas eis que vai disputar as meias-finais das ATP Finals pela terceira vez na carreira. O norueguês bateu Carlos Alcaraz Andrey Rublev, perdendo apenas para Alexander Zverev, sendo que agora vai ter a dura tarefa de encarar Jannik Sinner, um desafio para o qual se está a preparar.

COMO SE VAI PREPARAR PARA SINNER

Sabes que tens de estar ao melhor nível, especialmente contra estes grandes jogadores. Jannik foi o melhor do Mundo durante todo o ano, merecer acabar como número um. Esta semana também jogou um ténis incrível, sem perder nenhum set. Se quero ter alguma oportunidade, tenho de jogar o meu melhor ténis, provavelmente o melhor das últimas semanas, meses e até do ano. Será o encontro mais duro da época, mas o desafio é divertido. Não é todos os dias que se defronta o número um. A última vez que joguei com o número um foi com o Novak Djokovic em Monte-Carlo e ganhei. Pelo menos tenho essa experiência. Tudo pode acontecer. Vou dar o meu melhor.

SEM FAVORITISMO

Cada encontro é aberto. Vou como o menos favorito porque o favorito é ele. Tem mais pressão nos seus ombros, está a jogar em casa. Conhece esse sentimento de jogar um grande encontro em casa, embora isso pareça não o incomodar muito. Sinceramente, para que se esqueceu de como perder. Veremos se posso levar algo que faça a diferença. É o melhor do Mundo atualmente. Vou tentar dar o meu melhor e espero ter algumas oportunidades.

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O QUE MUDOU PARA ESTAR A GANHAR AGORA

O verão foi um pouco complicado devido a algumas doenças. Não é que me sinta muito melhor fisicamente esta semana… Não sei bem como nem por que é que estou a ganhar encontros aqui e nas últimas semanas não. Talvez estivesse a pensar muito em apurar-me para as ATP Finals, posso ter sentido a pressão. Estava numa boa posição, mas nas últimas semanas não joguei melhor. Quando cheguei já pude jogar com liberdade e sem tanta pressão. O principal objetivo no início do ano era estar aqui e consegui. Quando alcanças os objetivos é mais fácil jogar de forma livre. Depois de junho tudo parecia bem, ia em terceiro ou quarto. Depois tive uma quebra na segunda parte, foi stressante. Agora não preciso de pensar nisso porque estou aqui.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt