Rune e uma revelação surpreendente: «Durmo de 9 a 13 horas por dia»

Por José Morgado - Junho 3, 2023
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PARIS. FRANÇA. Holger Rune qualificou-se este sábado de forma tranquila para os oitavos-de-final de Roland Garros e no final do encontro passou pela sala de conferências de imprensa onde abordou os principais temas do momento para o seu torneio, nomeadamente relacionados com o tempo de descanso extra de que dispôs por não ter de defrontar o lesionado Gael Monfils na segunda ronda.

MELHOR OU PIOR NÃO JOGAR A SEGUNDA RONDA?

Se jogas o segundo encontro manténs o ritmo e é mais fácil entrar nos outros, mas por outro lado foi bom porque descansei completamente o meu corpo e treinei coisas em que necessitava de fazer alguns ajustes. Estou contente.

O QUE FEZ NOS TRÊS DIAS SEM COMPETIR?

Tive um dia normal de folga. Estava a dormir quando me ligaram a dizer que não ia jogar no dia seguinte. No dia em que era suposto jogar fiz uns sets para simular uma situação de jogo. Na véspera deste encontro mantive o processo normal. Pensei no que me aconteceu no US Open, em que passei pelo mesmo. Não é o ideal mas fiz os possíveis para que as coisas me corressem bem e aproveitasse o facto de ter alguma energia e frescura extra.

ADORA… DORMIR

Eu durmo muito, adoro dormir. Durmo umas 9 a 13 horas por dia, quando consigo. Adoro dormir e é a melhor recuperação que podemos ter, em termos de musculos e tudo mais. Tudo relaxa quando dormes. Quando estou acordado, estou mesmo acordado!

SERÁ QUE PODE GANHAR ROLAND GARROS?

O tempo vai mostrar. Eu acredito que consigo vencer, mas tenho de jogar o meu melhor ténis e estar bem mentalmente. Um encontro de cada vez, não tenho gastado energia desnecessária e sei que posso melhorar. Estou nos oitavos-de-final e sei que posso jogar melhor. Isso é bom sinal.

RELAÇÃO COM MOURATOGLOU…

Ele está comigo aqui em Roland Garros. É um grande treinador e é muito bom receber conselhos dele antes e durante os encontros. Temos uma boa relação e estou contente por tê-lo comigo.

QUANDO DORME SONHA MUITO?

Todos sonhamos. Muitas vezes sobre ténis, outras vezes coisas aleatórias. Já sonhei em erguer troféus, mas depois acordo e vejo que ainda estou na cama.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com