Rune e a fama de ‘bad boy’: «Jogo com paixão e energia, não parto raquetes»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 17, 2023
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Holger Rune assinou mais um momento especial na sua carreira, ao derrotar Novak Djokovic para se apurar para as meias-finais do Masters 1000 de Roma. Na hora de analisar o encontro, o número sete do Mundo falou sobre os candidatos ao título em Roland Garros, mas também sobre a fama de bad boy da qual vai tentando descolar.

UM PROBLEMA PARA DJOKOVIC?

Assim espero! Estou a tentar tornar as coisas difíceis para ele e acho que o consegui fazer duas vezes seguidas. Mas ele também me faz o mesmo. É uma boa batalha cada vez que jogamos e gosto de lutar com ele. É um grande jogador porque torna isto um desafio para mim. Posso realmente ver o que tenho de melhorar o que está a funcionar. Se funcionar contra Novak, funciona contra quase qualquer um. Estou muito feliz com este triunfo.

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FAVORITO EM PARIS?

Ainda se o Rafa está pronto e no Novak. Ainda os vetos como os dois maiores favoritos. Obviamente também há Alcaraz e Sinner. Há mais uns dois que também estiveram bem em terra batida. Este ano vejo tudo mais aberto do que noutros anos. É interessante e torna tudo mais divertido. Veremos, vou lutar por cada encontro.

FAMA DE BAD BOY

Não me vejo como bad boy de todo. Jogo com muita paixão e energia. Muitos jogadores fazem isso e não sei por que é considerado coisa de mau rapaz. Uma coisa de bad boy é partir raquetes e assim. Eu não faço isso. Há algumas situações aqui e ali, como o árbitro hoje. Mas de novo, eu vi a bola fora e ele dentro. Depois vi o olho de falcão e a bola foi fora, então não sei. 

ÁRBITROS OU SISTEMA ELETRÓNICO?

Não interessa. Na maior parte do tempo, são super precisos. Nunca contesto uma marca a menos que esteja cem por cento seguro e desta vez estava. Aparentemente tinha razão porque vi o olho de falcão depois do encontro e a bola foi fora. Mas essa é a decisão do árbitro. Há muitos casos que o Mohamed comete erros. Também ouvi que cometeu erros com Murray. Trata-se da forma como lê a marca e ele às vezes lê mal.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt