Rui Machado: «Esta equipa da Davis merece o Grupo Mundial»

Por José Morgado - Dezembro 21, 2018

Rui Machado, o novo selecionador português da Taça Davis, mostrou-se esta quinta-feira entusiasmado com a nova etapa da sua vida e do ténis português. O antigo top 60 mundial acredita que 2019 será o ano em que Portugal chegará ao Grupo Mundial da Davis, agora conhecido como Davis Cup Finals.

“No Cazaquistão teremos nova oportunidade de fazer história. A atual equipa da Taça Davis merece. Eles têm feito história nos último anos, não só o João Sousa — que tem quebrado barreiras — mas também o Gastão Elias e o Pedro Sousa. Vai ser muito difícil. Estamos a tentar preparar da melhor maneira, já visitámos o local e vamos tentar vencer”, confessou em declarações ao programa ‘Tempo Limite’, da RTP 3.

Machado lembrou a derrota com a Alemanha. “É mais uma oportunidade. Com a Alemanha foi excelente, porque jogámos em casa e foi por pouco que não vencemos. Tivemos muito bons resultados com o Nuno Marques e eu próprio ainda joguei com ele como capitão. Espero que seja já em 2019 mas se não for logo que seja no ano a seguir.”

O algarvio de 34 anos lembra o seu passado como jogador. “Joguei durante toda a minha carreira na Davis. Assim que terminei iniciei funções na Federação e acompanhei sempre de perto a equipa. Só quem  joga sabe o que é esta família. Os últimos anos têm sido melhores. Os jogadores portugueses têm quebrado barreiras. Trabalha-se melhor, os jogadores portugueses são cada vez melhores.”

Os elogios a João Sousa foram mais do que muitos. “João quebrou barreiras inéditas. É o primeiro a jogar em anos consecutivos nos grandes torneios, primeiro título, primeiro top 50. Obviamente tem um papel fundamental no desenvolvimento do ténis em Portugal. Houve outros jogadores que quebraram as suas barreiras nos seus tempos: Nuno Marques, João Cunha e Silva, Frederico Gil e eu próprio.Os jovens que agora começam têm o caminho mais traçado.”

Machado acredita que há hoje melhores condições para a formação de bons tenistas em Portugal, mas lembra que é preciso mais. “As condições de trabalho são importantes mas a envolvência, a competição internacional, a mentalidade que está melhor — de todos –. Temos vindo a melhorar e isso tudo faz uma atleta. Mas cada casa é um caso. O fator mais importante é a qualidade do atleta. Essas qualidades vão-se potenciando ao longo da carreira.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt