Rublev explica o que é preciso fazer para derrotar Djokovic ou Nadal

Por Pedro Gonçalo Pinto - Março 3, 2023
rublev dubai
Divulgação/Dubai Duty Free Tennis Championship

Andrey Rublev continua a defesa do título no ATP 500 do Dubai, depois de bater Botic van de Zandschulp nos quartos-de-final. O russo vai agora medir forças contra um Alexander Zverev que nunca derrotou — 0-5 no confronto direto –, sendo que no outro lado do quadro estão Novak Djokovic Daniil Medvedev. Para já, Rublev nem quer olhar para essa zona.

RENDIDO A DJOKOVIC… E NADAL

Não defronto o Novak na próxima ronda. Defronto Sascha, enquanto o Novak joga com Medvedev. Para me cruzar com ele, tenho de ganhar minha meia-final. Se o encontrar em rondas finais nesta época, espero não fazê-lo demasiadas vezes… Não penso nada sobre isso. Quando defrontas jogadores como Novak ou Rafa tens de ter um dia perfeito. É preciso dar tudo e fazer o clique a nível mental e físico. Tens de estar fresco, as tuas pancadas precisam de sair limpas e entrar no court com uma ideia muito clara na mente. O serviço tem de estar incrível, a resposta também. Se tudo isso acontecer, terás boas hipóteses de lutar com estes jogadores. Se houver algo com o qual não te sentes bem, eles aproveitam imediatamente. Por isso são melhores do que os outros.

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Só queria ser agressivo e ter a iniciativa do ponto. Acho que o fiz bastante bem. Houve um ponto em que me enervei muito comigo mesmo, mas a partir daí tentei dizer coisas positivas. Ainda por cima, tinha break points em cada jogo. Quando perdi o meu serviço no 5-4, disse a mim mesmo que era hora de voltar a começar, que tinha de ficar tranquilo, porque se continuasse assim ia perder o encontro. Não fazia sentido ficar nervoso porque tinha mantido o meu serviço com facilidade e confiança no resto do encontro. Tinha de continuar no encontro. A partir do 3-3 no tie-break, fiz quatro pontos perfeitos.

NUNCA DERROTOU ZVEREV

Veremos o que acontece. Quero dar o meu melhor, nada mais. Quero lutar, fazer um grande encontro e confiar que as coisas correm bem. Se ele for o melhor, merecerá ganhar. Se for eu, merecerei eu. É simples. Estou feliz com o meu ténis. Gostava de ficar mais concentrado e tranquilo porque hoje tive tudo sob controlo e às vezes começo a ficar stressado demasiado. Isso quase custou um terceiro set e não quero que isso aconteça.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt