Roger Federer: Uma derrota que traz vivacidade

Por admin - Julho 12, 2015

Aos 33 anos e 338 dias, Roger Federer continua a mostrar que o seu ténis está longe de estar preso por um fio. A carreira do campeoníssimo suíço transparece toda a sua qualidade tanto dentro como fora dos courts e, mesmo 17 anos depois de ter entrado no circuito profissional, o suíço não deixa de exibir todo o seu brilhantismo que o levou aos 17 títulos do Grand Slam, sete dos quais em Wimbledon.

Derrotado pelo número um mundial Novak Djokovic na final de hoje no All England Club, por 7-6(1), 6-7(10), 6-4 e 6-3, o jogador helvético, que chegou a salvar sete set points antes de ganhar a segunda partida num tiebreak de cortar a respiração, admitiu não ter aproveitado algumas oportunidades. Federer esteve em vantagem por 4-2 no primeiro parcial e dispôs de dois pontos para fechar o set.

“É sempre um desafio difícil, mental e físico, para avançar, avançar, sem ceder. Sei que tive oportunidades. Ele fez o break no primeiro set numa direita que eu não poderia ter falhado. Feliz por ter vencido aquele segundo set mas sabia que ainda estava muito longe. Foi pena não ter conseguido fazer melhor. Poderia ter tido vantagem devido à chuva, mas não. Ganhei ainda seis encontros. Perdi um”, comentou Federer em conferência de imprensa.

Mas nem tudo é mau. Roger Federer não apresentou desculpas, apenas boas perspetivas para o futuro próximo. Um futuro que, para o suíço, promete reservar muita vontade de conquistar títulos. “Estou ainda com muita fome de vencer e muito motivado. E ajuda sempre depois de um encontro destes”, confessou Federer, que já alcançou quatro títulos na época de 2015 (Brisbane, Dubai, Istambul e Halle).

Apesar do optimismo demonstrado aos jornalistas, o heptacampeão de Wimbledon sublinhou o facto de a derrota lhe ter custado. “Não vou dizer que aceito esta derrota, porque ele é número um do Mundo. Não é normal, porque já o derrotei. Sou um dos jogadores que têm hipótese de derrotá-lo. Acreditei que ia sair vencedor. Estava lá, a jogar bem. Para mim ser finalista não é a mesma coisa. Adoraria ter ganho”, admitiu.