This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Preguiça, jet lag e problemas de ouvidos na base da nova pancada de Federer
Se não nascesse, Roger Federer tinha de ser inventado. É essa a conclusão a que podemos – e devemos – chegar depois de perceber de que forma surgiu a afamada e peculiar resposta ao serviço em half-volley que deixou os olhos trocados aos seus adversários em Cincinnati e que tem continuado a surtir efeito em Nova Iorque.
“Quando cheguei a Cincinnati fui treinar com o Benoit Paire”, começou por explicar o suíço na conferência de imprensa deste sábado, depois de avançar aos ‘oitavos’ do US Open. “Ele estava com problemas nos ouvidos, eu estava cansado por causa do jet lag. Passámos horas a treinar no court central e estávamos os dois esgotados”, continuou.
“Eu queria parar de imediato, mas o Severin [Luthi] disse, ‘joga mais alguns jogos para te adaptares às condições’ e eu disse ‘como queiras, vamos lá então jogar alguns jogos’. No final, já só estávamos praticamente a brincar e foi quando eu disse ‘ok, vou pressionar a resposta para encurtar os pontos, estou cansado, quero sair do court o mais depressa possível”.
E eis que o inesperado acontece
“Foi então que comecei a correr para a frente para responder ao serviço. Conseguiu uma série de winners que foram ridículos. Ele [Paire] riu-se, eu ri-me, o Severin riu-se. Voltei a fazer isso no treinos seguintes para perceber se realmente funcionava, e continuou a funcionar”, assegurou o helvético, admitindo que não queria acreditar quando Luthi lhe disse que seria boa ideia levar a nova pancada para os encontros -“a sério?”. “Ele incentivou-me a continuara a executá-la e não hesitar em usá-la nos momentos importantes”, confessou.
Um nome à altura
Com o mais novo e inédito shot do seu arsenal a tornar-se no tema central das conversas com a sua equipa técnica, encontrar um nome para a coqueluche foi o passo natural a seguir. “Como estávamos sempre a falar sobre na nova estratégia, começámos a usar o nome Sneak Attack by Roger (SABR) – o ataque furtivo do Roger. Não sei, chamem-lhe Ataque do Fed, chamem-lhe o que quiserem, mas acho que tem graça”.
Aos 34 anos, e com uma carreira onde não falta praticamente nada, o campeoníssimo suíço continua a ter nos desafios o melhor dos seus aliados, e segue-se um dos grandes. Literalmente. Do outro lado da rede, Federer vai ter, nos oitavos-de-final, John Isner. Onde fica o SABR?
“Quer dizer, a ideia não é usá-la contra jogadores como ele”, confessou o suíço, não deixando de acrescentar: “vou pensar nisso”. Já o norte-americano, quando questionado sobre o assunto, diz não ter dúvidas: “ele é o único jogador que pode fazê-lo”. É esperar para ver.
- Categorias:
- Fora de Linhas
- Grand Slams
- US Open