Nuno Borges: «É um bocadinho intimidante ver a minha cara em todo o lado»

Por José Morgado - Novembro 29, 2020
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Foto FPT

Nuno Borges, o único dos seis portugueses a entrar em ação esta segunda-feira no quadro principal de singulares do Maia Open, mostrou-se este domingo muito contente pelo facto de voltar a competir em casa, numa semana especial em que é uma espécie de cabeça de cartaz do torneio, com a sua cara espalhada pela sua cidade.

“Estou muito contente por voltar a competir em casa. É um bocadinho intimidante ver a minha cara em todo o lado, mas é muito bom. Já tirei umas fotos para recordação, para ver daqui a uns anos. É engraçado que os outros jogadores perguntam-me se sou eu, mesmo aqueles que não me conhecem tão bem”, brincou o maiato, que admite ainda assim não ser muito popular pela cidade. “Fora do complexo ninguém me conhece. Mal sabem quem é o João Sousa quanto mais eu”.

O jogador da casa não quer colocar demasiada pressão nele mesmo para esta semana. “Vou jogo a jogo. Tem de ser. O torneio está ainda mais duro do que em 2019. No ano passado já estava forte e este ano mais ainda. Tenho de ir jogo a jogo, focar-me nisso e pensar depois no resto. Já joguei contra ele nos sub-18 e levei uma tareia. Mas já passou muito tempo e ambos estamos a jogar melhor. Conheço mais ou menos, ele já ganhou Challengers e vai ser um encontro muito duro.”

Borges acredita que estas condições serão melhores para ele do que aquelas que encontrou em Lisboa, onde bateu um ex-top 25 antes de perder na segunda ronda do Belém Open. “Condições diferentes de Lisboa, mas o que fiz no CIF prova que posso ganhar encontros a este nível. Sinto-me melhor aqui. Ser indoor ajuda. Está do meu agrado. Mesmo em terra, sinto-me bem a jogar em recinto coberto. E estou melhor preparado para terra aqui do que estava em Lisboa.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com