Nuno Borges e o jogar em casa: «As pessoas estão sempre à espera que os portugueses vão mais longe»
ESTORIL, Portugal.Nuno Borges, atual 61º classificado do ranking mundial e atual melhor português no ranking ATP, inicia esta Segunda-Feira a sua prestação no quadro principal do Millennium Estoril Open. Este Domingo, Borges reuniu com a imprensa e fez a antevisão do torneio.
“As expectativas são um bocadinho maiores, em relação ao ano passado. Ao mesmo tempo sei como é o ténis e que tenho uma primeira ronda complicada. Tenho de me focar nessa. Não é que tenha ganho tantos encontros aqui, não tenho tanta pressão assim, a meu ver, e ainda tenho muito a provar aqui. Existe um pouco de pressão, as pessoas estão sempre à espera que os portugueses vão mais longe e sendo eu agora número um é normal que atenção esteja virada para mim. Mas estou a fazer o meu trabalho igual, o meu ano está a correr bem e eu gostava que o Estoril Open corresse bem, mas se não correr também não é o fim do mundo e, apesar de eu querer muito, as vezes não é como se quer. Mas as expectativas são boas e tenho-me sentido bem.”, começou por referir o tenista da Maia que vai enfrentar na primeira ronda Lucas Pouille, proveniente do qualifying mas antigo top-10 mundial.
Para além dos singulares, Nuno Borges vai também jogar o torneio de pares, ao lado de Francisco Cabral, com quem venceu o torneio em 2022: “Expectativas para os pares são altas, estamos habituados a ganhar aqui, mas temos uma primeira ronda complicada. Não nos considero favoritos de todo, já os conheço muito bem adversários, estão a fazer o seu melhor ano, estão no seu melhor momento. Eu e o Francisco não temos jogado tanto um com o outro, isso também pode ser um fator, mas a verdade é que nos conhecemos muito bem, estamos bem entrosados, apesar de não jogarmos todas as semanas, e estamos prontos para um bom desafio. Acho que temos hipóteses mas é sempre um grande desafio.”
Depois dos grandes resultados este ano no Open da Austrália e de vencer o Challenger de Phoenix, Nuno Borges aponta o objetivo de competir nos Jogos Olímpicos: “O objetivo principal continua a ser JO e tenho uma boa oportunidade de poder participar. Apesar dos torneios do Grand Slam continuarem a ser uma prioridade, acho que este era algo especial a adicionar este ano. No fundo, quero continuar a subir, mas é incrível como um único torneio muda muito a história. É difícil por números, mas gostava de voltar a entrar no top-50, de continuar a jogar estes torneios, Masters 1000, majors, porque sinto que é aqui que me ajuda a crescer. É contra os melhores do mundo que quero continuar a jogar e, apesar de o ranking não refletir isso, sinto que estou a jogar melhor e ainda tenho algo para evoluir.”