Nuno Borges após derrota: «Senti-me muito fora do jogo desde o início »

Por Luísa Palmeira - Abril 4, 2023

Terminou esta terça-feira a prestação de Nuno Borges no quadro principal de singulares do Millennium Estoril Open. O atual número um do tenis português não resistiu ao francês Quentin Halys, e após o encontro não escondeu a sua desilusão ao despedir-se tão cedo do torneio português:

Estou um bocadinho desapontado, queria muito ganhar aqui, é um torneio que me diz muito. Não consegui fazer um melhor jogo, também mérito do adversário. Um jogo mais rápido do que eu gostaria, tentei prolongar um bocadinho, manter-me mais nas jogadas, infelizmente não consegui. Acho que nestes campos, com estas condições, é muito importante inícios de jogada mais do que noutros campos de terra batida. O serviço dele fez muito a diferença, e eu pelo contrário não consegui ganhar tantos pontos no serviço, mudou um bocadinho a pressão para o meu lado e se calhar fez-se sentir ao longo do jogo.

Um court tão rápido que parece um court de piso rápido?

Até mais, a bola até salta mais alto ainda e o facto de derrapar torna a movimentação um bocadinho mais complicada, daí ser mais difícil chegar às bolas e parecer mais rápido ainda [que piso rápido]. Uma combinação de tudo, nem estava muito calor, realmente as bolas pareciam pequeninas e tavam a voar muito, não me consegui manter na jogada como queria e senti-me muito fora do jogo desde o inicio.

A terceira vez no torneio, mas a primeira vez não como underdog

A expectativa a cada ano que tem passado tem mudado um bocadinho, mas eu estava bem ciente que ia ter jogos difíceis. Fui muito feliz o ano passado, superei as minhas expectativas e no ano anterior também. Mas este ano saio desapontado mas não acho muito preocupante. Tenho tido um ano muito bom, sei que estou a jogar bem e o jogo de hoje não reflecte o ano que tenho tido. E a minha prestação hoje não representa tudo o resto que tenho vindo a fazer.

A desistência de Monte Carlo e os planos para as próximas semanas

Não foi por acreditar que ia longe [que desisti]. Era mais por uma gestão de carga. Na altura até justifiquei quando me retirei de Monte Carlo que correu tudo muito bem nas últimas semanas e também superei as minhas expectativas, daí a também ter de gerir um bocadinho a carga, acho que é inteligente dar um bocadinho mais de treino para os torneios que vêm. Se não for este ano a Monte Carlo, espero poder ir para o ano.

Um sorriso ao público nos momentos difíceis do jogo

Dentro do resultado que estava e o momento estava difícil para mim foi um bom momento do público, esteve muito bem do início ao fim, puxaram sempre por mim. Infelizmente não consegui dar aquele extra, mas também as jogadas estavam tão rápidas que custou-me também entrar no jogo e se calhar mais nervoso do que gostaria para poder deixar o meu jogo fluir melhor. Apreciei um bocadinho aquele momento do público português, não é todos os dias que o tenho a puxar por mim num torneio tão grande como este.