Nuno Borges ainda tem muito para fazer: «Sinto que só estou a começar!»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 23, 2025

Nuno Borges escavou bem fundo mas acabou por salvar um match point e garantir um lugar na segunda ronda do Masters 1000 de Madrid. O número um nacional superou Pablo Carreño Busta para marcar encontro com Alejandro Davidovich Fokina e mostrou-se radiante com a sua capacidade de luta. No final do duelo falou sobre isso… e sobre o facto de sentir que, aos 28 anos, ainda só está a começar.

COMO DEU A VOLTA

Tive de confiar que o meu serviço me ia dar uma oportunidade depois disso. Sei que o Pablo não faz muitos erros não forçados em momentos importantes, então tive de confiar no meu jogo. Depois de uma batalha tão grande no primeiro set, merecia ter uma oportunidade no segundo e a chave foi mesmo confiar em mim, manter-me o mais calmo possível, mesmo sabendo que estava com match point contra.

LIDAR COM A PRESSÃO

É algo que se aprende enquanto se cresce. Quanto maior é o palco, mais se sente. Parece que há mais pressão a jogar no Central, mas é bom quando se aprende a desfrutar. Não consigo fazê-lo sempre, mas quando consigo é especial.

AINDA SE SENTE JOVEM?

Obrigado por me chamarem jovem! Não me sinto muito velho, sinceramente. Sinto que só estou a começar. Quero ir mais alto, mas levo encontro a encontro, um ponto de cada vez. Espero continuar a fazer coisas assim.

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O QUE SENTE AO CONSEGUIR UMA VITÓRIA DESTAS

É uma sensação incrível, principalmente num estádio destes, contra um jogador da casa. Estou muito contente não só pela vitória mas também por ser a minha primeira vitória em Madrid. É sempre muito bom quando consigo superar um jogo destes com quase três horas de jogo. É muito gratificante.

ENCARAR O PÚBLICO ESPANHOL

Nem sempre é fácil. Se calhar um bocadinho mais complicado hoje que tinha o público contra mim. O estádio não estava necessariamente cheio e o público foi simpático comigo, houve alguns portugueses na bancada e ajudaram a lidar com estes momentos.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt