Nadal resiste a Fritz e à lesão para regressar às meias-finais de Wimbledon

Por José Morgado - Julho 6, 2022

O tempo passada e vai sendo difícil continuar a arranjar palavras para escrever (e descrever) campeões da dimensão de Rafael Nadal. O espanhol de 36 anos, vencedor de 22 títulos de Grand Slam — entre os quais os dois primeiros de 2022 — escreveu esta quarta-feira mais uma página na sua incrível história de carreira construída na base do talento, mas também de muito, muito sofrimento, ao qualificar-se para as meias-finais de Wimbledon pela oitava vez na sua carreira, depois de 2006 (final), 2007 (final), 2008 (título), 2010 (título), 2011 (final), 2018 (meias-finais) e 2019 (meias-finais).

O espanhol superou os seus problemas abdominais, pareceu ‘morto’ algumas vezes, foi aconselhado a desistir do encontro pela sua família, mas deu a volta para vencer em cinco sets diante do norte-americano Taylor Fritz (14.º ATP), com direito a match tiebreak final, por 3-6, 7-5, 3-6, 7-5 e 7-6(10-4), em 4h20 de um incrível duelo. Num encontro com alguns altos e baixos não apenas do ponto de vista físico, mas também tenístico, Fritz teve uma chance de ouro de alcançar a maior vitória da sua carreira, mas não conseguiu tornar-se no primeiro homem a derrotar Nadal num Grand Slam este ano, depois de na final de Indian Wells se ter tornado no primeiro a bater Nadal — em qualquer torneio — esta temporada.

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/atptour/status/1544753212539928577

Nadal vai reencontrar nas meias-finais o australiano Nick Kyrgios, número 40 do Mundo e estreante nesta fase da competição, nas meias-finais de sexta-feira. Será o 10.º encontro entre ambos e Nadal comanda o confronto direto por 6-3. O espanhol venceu os últimos três duelos, entre os quais o que jogaram este ano, em Indian Wells.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com