Nadal: «Feliz pelo Carlos, foi melhor do que eu em muitas coisas»

Por José Morgado - Maio 6, 2022
Créditos: Bruno Alencastro/Bola Amarela

MADRID. ESPANHA. Rafael Nadal mostrou-se esta sexta-feira naturalmente desapontado pela derrota nos quartos-de-final do ATP Masters 1000 de Madrid diante de Carlos Alcaraz, mas mantém-se consciente de que o caminho até recuperar a sua melhor forma ainda é longo. O espanhol de 35 anos deu mérito ao compatriota, que celebrou 19 esta quinta-feira.

PASSAGEM DE TESTEMUNHO?

“Primeiro do que tudo ele está de parabéns porque jogou muito bem e foi melhor do que eu em muitas coisas. Não sei se é passagem de testemunho ou não. Claro que ele acabou de fazer 19 anos e eu vou fazer 36, por isso assumo que seja, mas só o tempo o dirá. Eu preciso de melhorar, como tenho referido várias vezes nestes dias. Acaba por ser uma vitória fácil de digerir nesse aspeto porque sei que tenho duas semanas para tentar colocar-me a um nível que possa discutir Roland Garros”.

DORES NO PÉ DIREITO

“Não vou falar do meu pé depois de perder. Vou falar de ténis. Podia ter sido mais dinâmico, podia ter sido mais intenso, podia ter-me movimentado melhor. Poderia ter jogado mais fundo. Terei de fazer tudo isso melhor se quiser ganhar títulos. Treinei poucos dias antes deste torneio por isso sabia que havia muitas coisas a melhorar. Preciso de encontros, de treinos e de tempo em campo”.

CONDIÇÕES DIFÍCEIS PARA VOLTAR

“Madrid não é o torneio ideal para voltar à competição porque tem altitude e são as condições mais distintas de Roland Garros que temos na temporada de terra batida. Gostava de ter voltado no Estoril, um ATP 250, a nível do mar, mas não consegui recuperar a tempo. Era demasiado cedo e preferi não arriscar”

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CHANCES DE ALCARAZ CONTRA DJOKOVIC

“Acredito que o Novak esteja mais bem preparado do que eu para defrontar o Carlos, mas não vejo a razão pela qual o Carlos não possa ganhar. Claro que pode, mas terá de ter cuidado com as quebras de rendimento como teve hoje no segundo set. Ele joga com muita adrenalina, muito ‘momentum’ e ainda tem alguns altos e baixos que são normais”.

 

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com