Nadal contra racismo mas: «A forma de protestar nos EUA não é um bom exemplo»
O racismo é um dos temas do momento, não apenas nos Estados Unidos, mas um pouco por todo o Mundo. Com os Estados Unidos ainda debaixo de uma forte ameaça pandémica — já morreram mais de 100 mil pessoas com coronavírus no páis — as ruas têm-se enchido de pessoas nos últimos dias, com diversas manifestações anti descriminação racial. Grande parte das estrelas da música, desporto e cinema têm juntado a sua voz aos protestos e alguns tenistas, como a norte-americana Coco Gauff, têm estado no terreno de forma ativa.
Rafael Nadal, número dois mundial, participou esta quinta-feira numa longa conferência de imprensa (quase duas horas) com membros da imprensa internacional, via zoom, e falou do assunto. “Qualquer pessoa normal quer paz no Mundo. Eu também desejo isso e sou contra o racismo, a pobreza e todo esse tipo de fenómenos terríveis que continua a acontecer com maior frequência do que aquilo que seria desejável. Mas quando vejo o desastre que está a provocar os protestos nas ruas, acho que esta não é a melhor forma de chamar a atenção para o problema. Não é um bom exemplo”.
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O espanhol acredita que as coisas se vão resolver. “Tenho muita confiança nas pessoas e acredito que vai ficar tudo bem. As coisas demoram tempo. Foi sempre assim ao longo da história da humanidade. Demorou tempo para que todos fôssemos iguais e tivéssemos os mesmos direitos e oportunidades. É claro que o que tem sido feito não é suficiente e temos de continuar a trabalhar por um Mundo melhor.”
Nadal assume que os tempos que vivemos são desafiantes. “A pandemia, a violência, são desafios importantes para que possamos enfrentar e ultrapassar. É importante manter a calma e respeitar toda a gente. Mas é fundamental evitar a violência porque a violência conduz ao desastre. “