Muchova desafiou probabilidades: «Os médicos disseram-me que podia não voltar a jogar»
Karolina Muchova, número 43 do Mundo, chegou a Roland Garros como uma cabeça-de-série que ninguém queria defrontar. E com muito razão, pelos vistos. É que a checa apurou-se esta quinta-feira para a final do Grand Slam francês, ao dar a volta a um encontro brutal com Aryna Sabalenka, algo que a deixou radiante, especialmente ao olhar para trás e ver as lesões que já ultrapassou.
UM SONHO TORNADO REALIDADE
Quem sabe o que pode acontecer na final… Tudo chega no seu tempo. Não foi fácil no passado. Isso é precisamente o que me faz apreciar este resultado ainda mais, por tudo o que passei antes. Estar numa final do Grand Slam é o meu sonho. Estou super orgulhosa por estar aqui e ir jogar no domingo.
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ALTOS E BAIXOS NA CARREIRA
Houve muitos momentos maus, muitas quebras, de uma lesão a outra. Quando perdi o Australian Open no ano passado estava num estado muito mau de saúde, estava a treinar muito para voltar. Alguns médicos disseram-me que talvez não voltasse a jogar, mas mantive-me sempre positiva. No ano passado, quando o meu ranking caiu, joguei torneios mais pequenos, queria sentir-me motivada para voltar. Joguei muito bem no Dubai, em Indian Wells… Na vida há sempre altos e baixos. Agora estou a desfrutar da parte boa.
COMO DEU A VOLTA A 5-2 NO TERCEIRO SET
Sabia que estava a lutar pela final, tinha de dar tudo. A 2-5 não sabia se seria mesmo capaz de o fazer. Tentei jogar cada ponto e meter-lhe pressão. Misturar o slice e não oferecer nenhuma bola porque ela estava a servir muito bem. Tentava manter-me tranquila. Não sei se já tinha jogado num court tão grande, com tanta gente a aplaudir, com trompetes e tudo. Foi incrível, isso também me ajudou.