Mouratoglou detalha os únicos cinco tenistas que podem fazer frente a Alcaraz e Sinner

Por Pedro Gonçalo Pinto - Setembro 25, 2025
Foto: EPA

Patrick Mouratoglou gosta muito de analisar o que se passa no ténis e agora decidiu lançar-se para escolher os únicos cinco jogadores que vê com hipóteses de desafiarem o domínio de Carlos Alcaraz Jannik Sinner. Pois bem, o treinador francês apontou Ben Shelton, Felix Auger-Aliassime, João Fonseca, Holger Rune Jack Draper, explicando o porquê de cada um.

Shelton – A principal evolução deste verão foi a chegada de Shelton ao nível máximo. É emocionante vê-lo jogar, enche estádios e acontecem coisas quando joga. O serviço e direita são incríveis e ser esquerdino dá-lhe outra vantagem. Já tem duas peças chave do pack completo, mas precisa de melhorar a movimentação e tornar a esquerda numa arma. Se o fizer, poderá competir com Carlos e Jannik.

Auger-Aliassime – Foi fantástico fê-lo de novo em forma no US Open. O serviço, direita e movimentação são fantásticos. Também melhorou a esquerda, mas ainda precisa de a tornar uma verdadeira fortaleza. No ténis atual, não pode haver uma debilidade. Se o Félix evoluir essa esquerda, poderá estar no top 5 e competir ao mais alto nível.

Fonseca – Muita gente fala dele como a próxima grande promessa. Tem um potencial enorme, sem debilidades reais no seu jogo. As pancadas de fundo do court são muito fortes, serve bem, movimenta-se bem e o mais importante é que tem muita vontade. Mas há que ter paciência. Ainda é jovem, está a aprender e precisa de subir no ranking pouco a pouco antes de ser uma verdadeira ameaça.

Rune – Conheço bem o Holger. Tem o que é preciso: uma direita enorme, uma esquerda potente, um grande serviço, movimentação incrível e muita vontade de triunfar, mas agora falta-lhe estabilidade e consistência. Às vezes, as emoções dominam-no e isso custa-lhe encontros. Se resolver isso, estará no topo.

Draper – Jack evoluiu muito, ganhou Indian Wells e chegou à final de Madrid. A esquerda já não é uma fraqueza e está muito motivado, mas o problema é o físico. Lesiona-se constantemente, o que impede de ganhar impulso. Se se mantiver saudável, tem qualidade para ser um rival.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt