Medvedev e o ódio pela terra batida: «Esta de Roland Garros é diferente»

Por José Morgado - Maio 24, 2022
medvedev

PARIS. FRANÇA. Daniil Medvedev, número dois do Mundo, é o grande candidato a sair de Roland Garros na liderança do ranking mundial, uma vez que defende muito menos pontos (360) do que o líder do ranking, Novak Djokovic (2000). O russo de 26 anos passou incólume pela sua primeira ronda na capital francesa e no final do encontro admitiu em conferência de imprensa que, afinal, já não odeia assim tanto a terra batida.

BOA PRIMEIRA RONDA CONTRA BAGNIS

Foi uma boa primeira ronda para mim. Estou muito contente com a forma como joguei. Em terra batida tenho de me focar muito mais em mim e menos nos meus adversários. Tenho de preocupar-me em meter a bola no court para ter algumas chances e consegui fazer bem isso hoje.

RELAÇÃO COM A TERRA BATIDA

Continuo a gostar mais de piso rápido do que de terra batida. Mas a verdade é que desde de Roland Garros 2021 [chegou aos quartos-de-final] que me reconciliei com a superfície porque achei que esta terra era mais rápida do que as outras. Aqui a bola ressalta menos e consigo jogar mais dentro da minha zona de conforto. É um Grand Slam e a minha cabeça funciona de forma diferente nestes torneios. Isso também ajuda…

O PIOR DE JOGAR EM TERRA BATIDA

Não quero acreditar que é mental porque eu tenho tentado preparar-me melhor e ser melhor nesta superfície a cada ano. Mas o pior para mim é mesmo a movimentação. E muitas das minhas bolas ficam habitualmente mais ‘moles’ e curtas porque tem a ver com o meu estilo de jogo.

SER NÚMERO UM SEM JOGAR WIMBLEDON POR CAUSA DA QUESTÃO DOS PONTOS

Vai ser estranho, tenho de ser honesto. Mas insisto que adoraria jogar Wimbledon. Adoro jogar em relva e adoro competir em relva depois de Roland Garros. É por isso que vou jogar três torneios apesar de não poder competir em Wimbledon.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt