Medvedev analisa arraso frente a Sinner: «O problema não foi a tática, foi a execução»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Março 30, 2024

Daniil Medvedev sofreu uma muito pesada derrota frente a Jannik Sinner na reedição da final do ano passado em Miami. O italiano mostrou-se desta feita muito mais forte, finalizando o encontro em pouco mais de uma hora, sendo que o russo desdramatizou o desaire… e o jejum de títulos que vai vivendo.

DERROTA COM SINNER

As margens são muito pequenas quando enfrentas alguém como o Jannik, que está em tão boa forma. Precisa da minha melhor versão e não consegui. Jogou bem, não há muito a acrescentar. Precisava de jogar melhor se quisesse ganhar e não fui capaz. Jannik está a jogar a este nível há bastante tempo. Não sei muito bem o que pensará sobre o encontro, mas não estou cem por cento seguro de que tenha jogado muito melhor do que já fez este ano e no fim da época passada. Jogou muito bem e eu não suficientemente bem. Podíamos falar horas aqui, mas eu não joguei bem, ele sim e ganhou fácil.

Leia também:

 

SEM CONQUISTAR TÍTULOS DESDE ROMA HÁ QUASE UM ANO

Estou a tentar jogar os melhores torneios do Mundo. Se virmos o meu historial torneio após torneio, perco com grandes jogadores. Cheguei a várias finais e perdi com Sinner, Djokovic e Alcaraz. Claro que quero derrotá-los e ser melhor do que eles, mas até ao momento não o consegui e tenho de trabalhar nisso, a nível mental e tenístico. Em terra batida, por exemplo, vou jogar Monte-Carlo, Madrid, Roma e Roland Garros. Será complicado ganhar um título, mas se jogasse dez ATP 250 por ano talvez vencesse vários. Não quero ser demasiado confiante, mas acho que seria capaz. Dubai era uma boa oportunidade mas Humbert jogou muito bem e não fui capaz. Espero vencer algum título este ano.

O QUE FALTOU FAZER DIFERENTE

Acho que a tática que apresentei no início do encontro não foi o problema. O problema foi a execução, com demasiados erros e sem a precisão necessária. Depois de um encontro como este, pergunto-me se devia ter mudado de tática antes, mas mantive o que achava que funcionaria, quis melhorar e não o consegui. Quando mudei, era demasiado tarde.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt