Mãe de Tsitsipas fala de… Badosa: «A relação foi difícil desde o início»

Por José Morgado - Dezembro 5, 2025

Yulia Salnikova quebrou o silêncio e falou abertamente sobre o complicado ano de Stefanos Tsitsipas. Em entrevista ao meio russo m.sports, a mãe do grego abordou as lesões, o fim da relação com Paula Badosa, os problemas com o pai, a passagem relâmpago de Goran Ivanisevic e até a falta de motivação do antigo top-3.

Lesão nas costas e risco de cirurgia

Salnikova revelou que o problema físico que atormentou Tsitsipas em 2025 esteve perto de o levar à mesa de operações.
O médico aconselhou-o a parar e não jogar Atenas, mesmo sendo a prioridade máxima. Estava tão exausto que até estava pronto para a cirurgia”, contou.

Segundo a mãe, a origem pode ser congénita: “Há características estruturais que pesam. E o saque inclinado para a esquerda inflamava constantemente o nervo.”

O fim difícil com Paula Badosa

A relação com Paula Badosa também pesou emocionalmente.
Não foi fácil para ele. Era uma relação à distância e começaram os dois lesionados. Não quero entrar em detalhes, mas foi difícil desde o início”, assumiu.

Apostolos, a dinâmica única e a rutura

Salnikova foi taxativa sobre a influência do pai-treinador:
Nenhum treinador poderia ter trabalhado com Stefanos sozinho. Ele e o pai têm uma linguagem muito própria.
Sobre a rutura temporária entre ambos: “Teve um arrebato adolescente. Estava emocionalmente cansado.”

A aposta falhada em Goran Ivanisevic

Foi a própria Yulia quem recomendou Ivanisevic — e hoje assume o erro.
Assumi ingenuamente que ele poderia dar a Stefanos o mesmo que deu a Djokovic. Foi uma ilusão. E assumo toda a responsabilidade.

Motivação e estilo de jogo

A mãe não evitou falar do maior problema do filho:
Ele tem tantos interesses fora do ténis que não se integra totalmente. A motivação é o seu primeiro obstáculo.
E explicou o estilo particular de Tsitsipas: “É como uma sinfonia. Não é esforço bruto, é precisão e suavidade.

Confiança no regresso… até certo ponto

Apesar das dificuldades, Yulia acredita num regresso forte — mas realista.
Só duas pessoas podem ganhar Grand Slams neste momento. Mas Stefanos vai voltar ao top 10, não tenho dúvidas.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com