Kostyuk critica declarações de Sabalenka: «Guerra não é política»
A jovem ucraniana Marta Kostyuk e a bielorussa Aryna Sabalenka, número 2 do Mundo, vão abrir os trabalhos na quadra central Philippe Chatrier no primeiro grande jogo de Roland Garros neste domingo (28), às 6h (de Brasília). Além de colocar em lados opostos da quadra dois grandes talentos, a guerra entre Rússia e Ucrânia, que tem Belarus envolvida, aumenta o holofote sobre este duelo.
Às vésperas do jogo, Sabalenka falou sobre os sentimentos de Kostyuk e das ucranianas em relação às jogadoras russas e belarussas, declarando que entende o sentimento, mas que não entende a mistura de “política com esporte”.
Reagindo a essas declarações, Kostyuk se mostrou desapontada com a postura de Sabalenka. “Não tenho respeito por ela continuar indo para a Rússia, falando para a imprensa russa, não tirando a família dela dos estados agressores mesmo tendo dinheiro para isso. Não aceitaria se eu ficasse lá e as pessoas continuassem se divertindo como era antes”, disse a ucraniana ao portal “BTU”, que cobre o tênis no país.
Na opinião de Kostyuk, Sabalenka poderia usar sua plataforma para se posicionar mais fortemente contra a guerra. “Aryna pode se tornar número 1… Ter tamanha influência no mundo e ela se recusa a isso (se posicionar). Estamos falando de pessoas sendo assassinadas e temos que ouvir “deixe a política fora do esporte”. A guerra não escolhe se você é um atleta quando estamos falando das nossas próprias casas”.
Para a ucraniana, a guerra não tem a ver com política. “Guerra é guerra. Sabemos como a Rússia e Belarus agem nessa guerra. Eles atiram em civis, levam civis como prisioneiros, saqueiam casas, estupram e sequestram crianças. Isso é um genocídio contra os ucranianos, não política”, declarou.