João Sousa desiludido: «Isto é frustrante e algo que me toca bastante»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Fevereiro 5, 2023
Créditos: Miguel Pinto/FPF

Desilusão, mas orgulho por não ter deixado nada por entregar no court. Este era o sentimento que se via na cara dos membros da Seleção Nacional, que viu a quarta tentativa de chegar ao grupo principal da Taça Davis, neste caso as Davis Cup Finals, com a República Checa a mostrar-se mais forte. João Sousa lamentou não ter conseguido elevar o seu nível, enquanto Rui MachadoNuno Borges Francisco Cabral também fizeram as suas análises.

RUI MACHADO

Orgulho nem se pergunta. Não só tenho orgulho no grupo, como tenho orgulho da forma como veio para aqui, com a disponibilidade que veio e profissionalismo. Pessoalmente, pela maneira como trabalham comigo, quando treinam ou competem. Para mim é um orgulho enorme, com este nível de jogadores, ter a possibilidade de ter esta conexão, este entendimento, seja a treinar, seja a jogar. Sentir que competem comigo e isso para mim é um orgulho enorme. Sei que significa bastante quando o jogador compete com o treinador. Significa que respeitam.

Como capitão, viemos aqui tentar fazer história. Demos o nosso melhor. Acho que conseguimos mostrar, tentámos tudo por tudo, acho que passámos essa mensagem. Faltou uma única coisa que foi ganhar. Faltou termos sido com 1-1 e não com 0-2. Teria sido um bocadinho diferente. Hoje também era possível.

Chegámos aqui e mais uma vez tivemos tudo à nossa disposição, tudo preparado. Foi uma semana de preparação fácil para as condições que tivemos. Uma nota de agradecimento à equipa da FPT, ao presidente, que faz tudo para que esta equipa tenha todas as condições. Não fizemos história a passar ao grupo mundial, mas vamos fazendo história a jogar com o estádio cheio. A Maia antes era grande para nós, agora já é ajustado. Isso também e fazer história para o ténis português.

NUNO BORGES

Se estivéssemos 1-1, se eu tivesse jogado um bocadinho melhor e desgastado o meu adversário um bocadinho mais, acho que tudo podia ter feito a diferença. Foi mesmo assim. Não apresentámos o nível que gostaríamos. Queríamos ter ganho, mas isto não é só querer, claro. Ninguém queria isto mais do que eu, quanto mutio queria o mesmo. O par foi mesmo o last resort, joguei como se não tivesse mais nenhum jogo pela frente. A mais não somos obrigados

JOÃO SOUSA

Deceção, frustração, é o que é. Não há muito a dizer. Acho que a equipa e eu pessoalmente dei tudo o que tinha. Não cheguei a esta eliminatória nas melhores condições físicas, no entanto trabalhei para conseguir estar a cem por cento. No pprimeiro enconto estava bem. Não quero falar muito da minha condição fisca. Jogaram bem, foram melhores do que nós. Acreditámos que podíamos dar a volta, mas não foi assim. É triste porque sempre disse e todo o grupo sabe que isto não é uma obsessão, mas jogar o grupo mundial é um grande objetivo. Estar tão perto e não poder ajudar a equipa como gostaria é frustrante e algo que me toca bastante.

FRANCISCO CABRAL

O que acho é que tanto o Nuno como o João deram tudo o que tinham e partimos para o segundo dia com um 0-2. Esetávamos obrigados a ganhar o par para nos mantermos vivo e talvez por isso começámos mais tensos e mais nervosos. Fizemos o que toda a gente fez, tanto os que jogaram como não jogaram. Demos tudo o que tínhamos. É muito difícil dizer que temos de sair de cabeça erguida, mas demos tudo o que tínhamos. Só faltou ganhar.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt