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João Lagos: «Felipe Cunha e Silva pode ser melhor do que João Sousa»
João Lagos, antigo diretor do Estoril Open, esteve esta terça-feira em Paris a acompanhar o encontro do tenista português Felipe Cunha e Silva, referente à segunda ronda da competição júnior de Roland Garros. Em declarações ao jornal Record, o empresário elogiou o ténis agressivo do jovem natural de 18 anos, a disputar pela primeira vez a variante sub-18 do torneio parisiense.
“O Felipe jogou muito bem mas as condições estavam terríveis, o vento estava horrível. O adversário adaptou-se melhor, é um resultado natural mas que não espalha a diferença. O jogo resumiu-se a um adaptar-se melhor ao vento do que o outro”, começou por dizer João Lagos, que assistiu à derrota de Cunha e Silva frente ao norte-americano Tommy Paul, por 6-1 e 6-3.
“O Felipe está no bom caminho, tem duas armas essenciais, um bom serviço e uma grande direita. Foi pena haver este vento. O Felipe tem futuro, saiu daqui com uma grande lição e vai certamente ser um dos grandes jogadores portugueses para o futuro”, disse Lagos.
Sobre o ténis português em geral, João Lagos acredita que o filho de João Cunha e Silva pode vir a ser ainda melhor do que o número um português João Sousa, atual 44.º da hierarquia e único jogador nacional a conquistar um título pertencente ao circuito principal ATP World Tour, em Kuala Lumpur, na Malásia.
“‘Pode ser talvez melhor [do que o João]. Quem vem detrás, tem quase obrigação de fazer melhor. O João Sousa está a ter uma excelente carreira, a melhor que algum português teve até hoje. O facto de João Sousa ter a carreira que tem, ajuda os mais novos em acreditar que podem seguir as pisadas dos mais velhos. Porventura, o Felipe Cunha e Silva joga mais hoje que o João Sousa com a mesma idade. Há aqui um caminho percorrido por estas novas gerações, que jogam melhor que a geração precedente. O Felipe tem uma grande carreira à frente dele”, sublinhou o empresário.
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