Jakub Mensik admite superioridade de Alcaraz e Sinner: «Estão num nível acima de todos nós»

Por José Morgado - Outubro 11, 2025

Jakub Mensik começou 2025 em grande, conquistando o título mais importante da sua jovem carreira ao vencer o Masters 1000 de Miami, superando na final Novak Djokovic. Esse triunfo fez sonhar os adeptos checos e muitos analistas, que o apontaram como o próximo nome capaz de desafiar a hegemonia de Carlos Alcaraz e Jannik Sinner no circuito ATP. No entanto, o resto da temporada revelou-se irregular e deixou o checo com “sensações agridoces”.

Em entrevista à Gazzetta dello Sport, Mensik mostrou-se realista sobre o panorama atual do ténis masculino: “Neste momento, Alcaraz e Sinner são os melhores. Depois há um grande fosso em relação aos restantes. Tentamos alcançá-los, mas vejo-os superiores em todos os aspetos: na consistência, no estilo de jogo, em cada pancada. Estão noutro nível.”

O checo, que terminou o ano como número 16 do mundo, garantiu que o seu foco está em evoluir, sem deixar-se afetar pela pressão. “Tenho de melhorar em todos os aspetos do meu ténis. Não posso fazer previsões. Podemos aprender muito com eles nos treinos, mas enfrentá-los seria essencial para perceber como reagem em cada situação. Não sinto expectativas, apenas vontade de trabalhar duro.”

Apesar do sucesso em Miami, Mensik mantém os pés bem assentes na terra: “Os adeptos e os jornalistas começam a falar mais de ti, mas ganhar um torneio não significa que já estejas ao nível dos melhores. O importante é continuar a evoluir e ser constante.”

A preparar-se para disputar as Finais da Taça Davis, onde a República Checa enfrentará a Espanha de Alcaraz, Mensik acredita no potencial da sua equipa: “Somos jovens e promissores. Queremos dar tudo este ano e, no futuro, competir de igual para igual com seleções como Itália e Espanha.”

Um 2025 marcante, mas que, segundo o próprio, deve servir apenas como ponto de partida para um 2026 de afirmação definitiva.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com