Jaime Oncins e o duelo com Portugal: «Vai ser bem duro e equilibrado»

Por José Morgado - Setembro 15, 2022

Jaime Oncins, selecionador brasileiro da Taça Davis, passou pela sala de conferências de imprensa crente de que o Brasil pode derrotar Portugal na eliminatória do Grupo Mundial I, em Viana do Castelo, mas não esconde que espera dificuldades e equilíbrio.

EXPECTATIVAS PARA O PORTUGAL-BRASIL

Acredito num confronto bem duro, muito equilibrado. As equipas são fortes, parecidas e vai ser tudo decidido nos detalhes. As duas têm pontos fortes. João está a jogar bem, o Nuno também, a dupla igualmente. Da nossa parte também. O Monteiro está a jogar bem e os mais jovens também. De todos os confrontos em que fui capitão, este é um dos mais equilibrados.

SURPREENDIDO PELA ESCOLHA DO PISO?

Não me surpreendeu que jogássemos aqui em rápido. Quando saiu o sorteio imaginei. O court e o recinto estão ótimos. Eu gosto de indoor, os jogadores já se adaptaram e não é novidade para ninguém. Conheço o estilo dos jogadores de Portugal e sabia que eram bons em piso rápido.

QUEM É FAVORITO?

A Taça Davis é especial. É difícil atribuir favoritismo porque o contexto é especial. Portugal tem talvez algum por estar a jogar em casa, mas acredito que a Davis é muito diferente de tudo o resto. Há muitas coisas distintas em jogo aqui e algumas surpresas acontecem.

O FUTURO DO TÉNIS BRASILEIRO

Há muito otimismo em torno destes jovens. Quando entrei neste cargo a preocupação era procurar renovar e dar mais chances aos jogadores novos. Temos uma boa geração e queremos criar uma equipa forte. Há jogadores novos a surgir e olho com muito otimismo para eles.

DUAS EQUIPAS QUE SE CONHECEM BEM…

As duas equipas conhecem-se bem, não há vantagem nenhuma para qualquer uma, nesse caso. O Gastão é como se fosse meu filho, viveu seis anos na minha casa. Esse vínculo existe sempre. Mas agora é Brasil contra Portugal.

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com