Jaime Faria admite dificuldades físicas: «Aos 21 anos parece que tenho 50»

Por José Morgado - Maio 25, 2025
Faria

PARIS. FRANÇA. Jaime Faria foi eliminado este domingo na primeira ronda de Roland Garros, num encontro em que voltou a ficar evidente que está longe do seu melhor nível em termos físicos. O tenista de 21 anos competiu muito pouco recentemente — apenas quatro encontros nos últimos três meses e isso notou-se este domingo em Paris.

ESTREIA NO QUADRO PRINCIPAL DE ROLAND GARROS

Orgulha-me jogar o quadro principal de Roland Garros. Não foi o resultado que desejava mas ainda assim consegui competir. Sabia que não ia estar nas minhas melhores condições. Era um adversário até desejável para uma primeira ronda em terra batida. Ele ganhou um ATP em terra mas em condições diferentes. Não apresentei um bom nível e isso deve-se à minha má preparação devido a incapacidades físicas e dores no meu corpo. Sinto-me orgulhoso por ter conseguido competir, mas se quero melhorar tenho de perceber melhor os sinais do meu corpo. Perceber se paro, se treino mais. Entender o que é melhor. Isto é um Grand Slam e tem de se jogar, são muitos pontos e dinheiro, mas hoje não estive nas condições ideias.

FISICAMENTE NÃO SE SENTE BEM

Não joguei limitado. Não me doeu. Mas em termos de ritmo estou lento de olho, estou destreinado. Não me sinto confiante em campo. É verdade que fui melhorando durante o encontro mas podia ter feito melhor. Tive ali umas chances de passar para a frente no terceiro set. Estive muito fora em termos táticos, à toa, não estava a perceber o que se estava a passar. O Pedro Sousa tentou ajudar-me mas preciso de treinar mais. Aqui em Paris houve treinos que não consegui concluir. Não são desculpas, é a realidade.

VÁRIAS LESÕES DIFERENTES

O pé está com zero dores. Braço direito dói-me, o pulso esquerdo ainda não está bom também. Tenho 21 anos mas parece que tenho 50. É a realidade deste desporto e tenho de lidar com ela.

jaime-faria

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com