Itália e novo título na BJK Cup: «Esperamos poder servir de inspiração a muitas meninas»

Por Rodrigo Caldeira - Setembro 21, 2025

Nada conseguiu travar a Itália no momento de revalidar o seu título de campeã da Billie Jean King Cup. Conquistou-o primeiro em Málaga no ano passado e voltou a repeti-lo esta temporada em Shenzhen, com uma equipa quase idêntica à de 2024: Jasmine Paolini (8.ª), Elisabetta Cocciaretto (91.ª), Sara Errani (466.ª), Lucia Bronzetti (73.ª) e a única novidade, Tyra Grant (211.ª), a nova promessa italiana que substituiu Martina Trevisan  (442.ª). Tudo isto sob o comando de Tathiana Garbin.

O percurso nesta Billie Jean King Cup esteve longe de ser um passeio. À pressão de serem as detentoras do troféu juntaram-se duas eliminatórias de altíssima intensidade. Primeiro diante da China que, embora resolvida nos singulares, levou tanto Paolini como Cocciaretto a disputar três sets. Já frente à Ucrânia, a eliminatória decidiu-se no par, onde a dupla campeã olímpica, Errani e Paolini, não deu qualquer hipótese a Lyudmyla Kichenok e Marta Kostyuk, depois de esta última ter conquistado o primeiro ponto contra Cocciaretto.

A final foi mais tranquila do que se esperava, tendo em conta que pela frente estavam os Estados Unidos, vencedores por 17 vezes. Primeiro, Cocciaretto frente a Emma Navarro (6-4, 6-4) e depois Paolini frente a Jessica Pegula (6-4, 6-2) deram o título à Itália. E, após a merecida celebração, a equipa italiana passou pela conferência de imprensa.

ORGULHO ACIMA DE TUDO 

Paolini: “É uma sensação incrível. Hoje foi um encontro muito duro. Estamos muito felizes e orgulhosas de nós próprias, da nossa equipa. É um grande dia para a Itália”.

Garbin: “Estou muito orgulhosa das minhas jogadoras. Jogam com paixão, com muita personalidade e todas elas fazem parte importante da história”.

ENCONTRO CONTRA PEGULA 

Paolini: “Pensei que era apenas mais um duelo contra os Estados Unidos. Foi muito complicado, mas fizemos um trabalho incrível. Sinceramente, só pensava em jogar o meu encontro contra a Pegula, que é uma jogadora incrível. Tentava concentrar-me em mim mesma e esperava não ter de jogar pares depois disso”.

QUINTA BJK CUP PARA ERRANI 

Errani: “É incrível fazer parte desta equipa. Estou muito feliz por hoje não termos jogado pares. Acho que foi uma semana fantástica para todas nós, para toda a equipa. Jogar este tipo de competições é sempre especial, por isso estou muito orgulhosa e contente”.

DE MAIS A MENOS 

Paolini: “No primeiro dia não me sentia muito bem em campo. Mas, jogo após jogo, fui-me sentindo melhor. O de hoje foi provavelmente o meu melhor encontro da competição. Hoje senti-me realmente bem. Acho que isso ficou claro ao vencer a Jessica Pegula, porque ela é uma jogadora muito forte, por isso estou muito satisfeita com o meu desempenho”.

FUTURO DO TÉNIS ITALIANO 

Paolini: “É incrível. Ainda não consigo acreditar. É incrível ver como lutamos em court. Tentamos dar sempre o nosso melhor. Acho que jogar pela seleção nacional era algo que via e com que sonhava. Espero que muitas, muitas raparigas comecem a jogar ténis. Acho que o ténis está a crescer muito em Itália. Esperamos poder servir de inspiração para muitas meninas”

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Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.