Isner admite: «É muito difícil dizer adeus ao ténis»

Por José Morgado - Setembro 1, 2023

John Isner retirou-se esta semana do ténis após ser eliminado na segunda ronda de singulares e na primeira de pares do US Open. Aos 38 anos, o norte-americano não esconde a dificuldade que é colocar um ponto final num dos capítulos mais bonitos e importantes da sua vida.

“É um misto de emoções difícil de explicar. O meu corpo está destruído e isso ajuda-me a percebe que este é o momento certo para me retirar. Tenho 38 anos, consegui coisas que nunca imaginei no ténis, mas sou um competidor nato pelo que é dececionante perder na segunda ronda. Em todo o caso, foi divertido. Há um ano rompi o pulso e estar aqui a competir a este nível foi muito especial para mim. Amo o ténis, deu-me coisas incríveis e é muito difícil dizer adeus. Espero que me recordem como um grande lutador”, confessou após o desaire diante de Michael Mmoh.

[VÍDEO] O grande tributo a Isner e a emoção do gigante na despedida

Isner retira-se como o tenista com mais ases na história do ténis e como o vencedor do encontro mais longo de sempre — 11h05 na primeira ronda de Wimbledon 2010, diante de Nico Mahut. Foi ainda top 10 e campeão do ATP Masters 1000 de Miami em 2017, o maior título da sua vida.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt