História feita: Relembre o primeiro título de Guga em Roland Garros, em 1997

Por Marcela Linhares - Maio 25, 2023
Gustavo Kuerten Roland Garros 1997
Getty/Divulgação

Entrando na chave como 66º colocado do ranking, Gustavo Kuerten conquistou em 1997 o primeiro de seus três títulos em Roland Garros. O brasileiro foi o segundo tenista com ranking mais baixo a conquistar um título de Major na carreira. Na final, ele superou Sergi Bruguera com as parciais de 6-3, 6-4 e 6-2, e, assim, se tornou o 15º do mundo.

Bruguera, por sua vez, já tinha sido campeão de Roland Garros por duas vezes na carreira – em 1993 e em 1994 passando por Jim Courier e Alberto Berasategui, respectivamente. Mas o espanhol não foi o único grande nome que Guga enfrentou em sua brilhante campanha.

Em sua estreia, o brasileiro passou pelo tcheco Slava Dosedel em sets diretos. Já na segunda rodada, enfrentou Jonas Bjorkman, que já havia vencido o Slam parisiense por duas vezes na chave de duplas. Quem pensa que o caminho de Guga ficou mais fácil se engana. Na terceira rodada, enfrentou Thomas Muster, que já tinha conquistado um título em Roland Garros em 1995.

As coisas se complicaram nas oitavas, quando Kuerten saiu atrás no placar contra Andrei Medvedev e só encerrou a partida em 7-5 do quinto set. Nas quartas, mais um desafio que conseguiu passar: Yevgeny Kafelnikov, que era o atual campeão do torneio.

Depois de perder o primeiro set, o tenista russo virou o placar a seu favor vencendo as duas parciais seguintes, mas, com muita resiliência, Guga venceu os últimos sets e encerrou mais uma batalha de cinco sets. Na semi, um respiro, ao vencer o belga Filip Dewulf, uma das grandes surpresas do torneio, que vinha do qualificatório.

A final

Curiosamente, a decisão foi o segundo jogo mais rápido da grande campanha de Guga naquela edição. Durando apenas 1h50, o brasileiro venceu Bruguera em partida que salvou oito de nove break points que enfrentou. Para conquistar o título de Roland Garros pela primeira vez, Guga passou por quatro tenistas do top 20 e marcou para sempre seu nome na história do tênis e no esporte brasileiro.

Me formei em jornalismo em 2019 pela FACHA - faculdade localizada no Rio de Janeiro. Depois de cursos sem sucesso, me descobri no jornalismo e escolhi estudar com objetivo de seguir o tênis. Estagiei na CNN durante a Olimpíada no Rio, escrevi sobre o esporte em sites colaborativos e não me vejo fazendo outra coisa. Em 2020 fiz pós graduação em jornalismo esportivo e sigo na área desde então passando por colaborações na VAVEL, UOL, Revista Tênis e hoje no Bola Amarela.