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Halep reafirma inocência e diz que só quer ser julgada

Simona Halep, uma das jogadoras mais relevantes dos últimos anos, está suspensa provisoriamente por doping desde outubro do ano passado. Mais de seis meses depois, continua a tentar provar a sua inocência, mas a complexidade do seu processo de defesa faz com que nesta altura ainda nem sequer tenha sido… julgada.
A ex-número um do Mundo e campeã de Roland Garros em 2017 e Wimbledon em 2019 quebrou o silêncio numa longa entrevista ao site ‘Tennis Majors’, onde fala da forma como todo o processo está a decorrer.
COMO ESTÁ A LIDAR COM A SUSPENSÃO
Não sei bem como estou porque a situação tem sido muito complicada. Emocionalmente, é duro. O stress é muito porque nunca pensei que ia lidar com algo assim. Sempre fui contra o doping, tal como sempre fui a favor de desportos limpos. Ao início disto, não sabia como lidar. Com o passar do tempo tentei ficar calma e, atualmente, sinto-me confiante porque sei que estou limpa e sei que não tomei nada conscientemente que esteja proibido. Faz-me sentir um pouco melhor mas estou a tentar lidar da melhor forma possível.
QUAL O MOTIVO PARA FALAR AGORA?
Quis ficar em silêncio até o caso ser resolvido. Não queria falar porque estava muito sentimental. E, tal como disse, não estava a lidar bem com isto. Mas agora sinto que preciso de falar para os meus fãs e para o público porque tenho a certeza de que eles querem saber o porquê de isto estar a demorar tanto e sinto que preciso de fazer isto.
COMO É QUE ACUSOU POSITIVO?
Sempre tive muito cuidado com todas as componentes dos suplementos que tomo para ter a certeza de que tudo é autorizado. Não tinha nenhuma informação ao início sobre de onde vinha esta substância. E, depois, só queria perguntar aos experts para me explicarem como isto aconteceu e de onde isto vinha. Nunca tinha ouvido falar, por isso, não sabia como lidar e como foi parar à minha urina. Depois de muito trabalho, eles descobriram que foi uma contaminação, uma contaminação suplementar e é por isso que a quantidade foi tão baixa no meu corpo. Uma contaminação é quando alguém toma um suplemento autorizado mas a companhia que o vende comete um erro e vai uma quantidade muito baixa de algo que não devia estar aí.
COMO REAGIU O ITF?
Enviei essa evidência para o ITF e eles recusaram. Enviei em dezembro. Eles negaram e ainda estamos nisto. Como a ITF negou, a única hipótese que temos para resolver isto é ir para tribunal para ouvirem o meu caso e verem as evidências sobre o meu teste positivo que foi contaminado. Tinha uma grande esperança em ir para tribunal e ouvirem-me e depois saberia se podia ir a Indian Wells ou não. Uma audição a 28 de fevereiro não aconteceu porque a ITF pediu mais tempo para fazerem testes adicionais. Mesmo que eu estivesse à espera disso, a audiência foi adiada para 24 de março. A ITF pediu que a audição de 24 de março fosse cancelada. Eu não concordei porque, tal como as regras dizem, um jogador que está provisoriamente suspenso tem direito a obter uma audiência acelerada. Tudo parece demorar tanto tempo. Pedi à ITF para suspender a minha sanção para conseguir jogar mas também negaram.
JÁ SE TESTOU DESDE A SUSPENSÃO?
Fui notificada em outubro que o meu teste à urina em agosto foi positivo. Desde aí, tive 10 testes seguidos e todos eles deram negativo. E os testes foram, em simultâneo, ao sangue e à urina.
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