Gauff: «Não seria tenista sem Venus e Serena Williams»

Por José Morgado - Agosto 24, 2022

Coco Gauff é, aos 18 anos, uma das grandes figuras do ténis norte-americano na atualidade, em vésperas do maior torneio do país. A número um mundial de pares e 12.ª colocada de singulares é capa da revista deste mês da ESPN e na interessante entrevista que deu à publicação volta a dar relevo à importância que as irmãs Williams tiveram na sua carreira, especialmente nos primeiros anos.

“Isto é muito simples. Se não fosse a Venus e a Serena Williams… eu nem sequer seria tenista. Serena. Venus. Serena. Venus. Isso era tudo aquilo que eu via enquanto crescia e via ténis. Eu e o meu treinador só assistíamos aos encontros delas, não prestei muita atenção a mais ninguém. Quando venci a Venus em Wimbledon, agradeci-lhe por tudo e disse que não estaria ali a jogar ténis se não fosse pela sua influência e da irmã. Foi um sonho: sempre quis enfrentá-las, mas imaginava que já estariam retiradas quando eu chegasse ao circuito. Nunca achei que alguma vez lhes pudesse ganhar”, confessou.

Vice-campeã em Roland Garros, Gauff admite que essa quinzena em Paris lhe mudou a perspetiva. Tive uma mudança de perspetiva em Paris. Percebi que a vida vai muito além do ténis, da vitória e da derrota. A vida é para ser desfrutada. Não quero arrepender-me depois de não me ter divertido tanto quanto poderia só porque estava preocupada com os meus resultados. Os meus objetivos são exatamente os mesmos, mas a mentalidade por detrás deles é diferente. Eu quero poder aproveitar os momentos mais difíceis”.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com