Frederico Silva: «Um jogador não pode fazer aquilo que ele fez»

Por Bola Amarela - Dezembro 3, 2020
kiko
FOTO: Beatriz Ruivo

Frederico Silva, eliminado esta quinta-feira nos oitavos-de-final do Maia Open, falou em conferência de imprensa no final do encontro sobre um duelo muito exigente, física mas também mentalmente, por conta das atitudes lamentáveis do seu adversário durante o terceiro set.

“Foi um encontro exigente fisicamente e acabou por também se tornar mais exigente do que seria normal a nível mental por todas as situações que houve durante o terceiro set. Sabia que ia ser um encontro difícil porque conhecia as qualidades dele, mas sabia o que tinha de fazer. Acho que entrei bem no jogo, bastante determinado, a comandar os pontos e a servir e responder bem. Fiz um primeiro set muito bom, mas no segundo ele tentou mudar um bocadinho o jogo, ao cortar o ritmo com slices e amorties, e eu demorei a habituar-me. No final do segundo set já me senti dentro do jogo e soube outra vez o que é que tinha de fazer. Tive várias vezes 15-40 e algumas vantagens. Numa ou outra situação ele serviu bem e teve mérito, noutras eu podia ter feito melhor e ou falhei uma resposta, ou não fui suficientemente incisivo na forma como joguei o ponto. Às vezes sentimos que todos os pontos de break que desperdiçámos foram culpa nossa, mas não acho que tenha sido o caso. Muitos foram por mérito dele”, analisou Frederico Silva após a derrota em 2h47, ele que terminou o duelo com 5 pontos de break aproveitados de um total de 20 (e 1 de 10 no terceiro set).

Apesar de ter desvalorizado as pausas que Andrea Arnaboldi impôs na terceira partida (“não foi por causa disso que perdi o encontro”, o jovem português não escondeu algum espanto com o sucedido: “A grande questão foi que o árbitro não conseguiu impor-se. O Arnaboldi até podia estar a sentir-se mal, apesar de a forma como estava a jogar não o indicar, mas o árbitro tem de conseguir seguir as regras. Um jogador não pode parar o jogo por duas vezes entre pontos, não pode pedir um pedaço de pão a meio e ficar 30 segundos a comê-lo e não pode parar para beber sempre que lhe apetece. O árbitro deixou-o ir seguindo e não o puniu como devia. Mas não é a primeira vez que isto acontece, apanhamos sempre jogadores que tentam desestabilizar. São situações em que tenho de tentar manter-me tranquilo e ficado e deixar isso do lado de lá da rede, não dar importância.”