Ferrero: «Para o Carlos [Alcaraz] não seria bom compará-lo ao Nadal»

Juan Carlos Ferrero, antigo número um do Mundo e campeão do Estoril Open em 2001, regressou esta semana ao Jamor para acompanhar o seu pupilo Carlos Alcaraz, que joga este sábado a final do Oeiras Open 125, nos mesmos courts em que ‘El Mosquito’ triunfou há 20 anos. O ex-campeão de Roland Garros (2003) não esconde saber que tem nas suas mãos um dos maiores talentos do ténis mundial, mas acalma as expectativas na hora das comparações com um outro campeão espanhol.

“As pessoas querem terem alguém para suceder a esta boa geração do ténis espanhol, é normal, mas não podemos cair no erro de comparar o que o Carlos pode ser ao que é o Nadal. Para o Carlos não seria bom, ele tem de fazer o seu caminho e não pensar que pode ser o próximo Nadal, porque comparar-se ao melhor da história é um peso difícil de carregar para qualquer pessoa”, assumiu em conferência de imprensa após ver o seu jogador passar à final.

Foto: Sara Falcão/FPT

Ferrero apontou inclusivamente aquilo que acredita que o seu jogador pode melhorar. “O Carlos tem as suas qualidades e não é o típico jogador espanhol que joga bola e fica à espera atrás da linha. É um jogador que gosta de jogar em courts rápidos e ir subindo no campo,  o que se assemelha aos jogadores que passam o tempo todo a atacar e não a defender. O ténis de hoje em dia é mais assim e ele joga assim desde pequenino, por isso não há que mudar esse aspeto. Mas ainda pode melhorar muito. O serviço pode melhorar, sobretudo na consistência e nas direções, creio que pode acreditar muito mais que tem uma direita como vi poucas no circuito e está a gostar cada vez mais da esquerda e a batê-la com muita confiança, mas também acho que ainda pode evoluir muito ao nível da movimentação.”

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