E quando o primeiro título da carreira é um Grand Slam? A história de Raducanu… e mais quatro

Por Pedro Gonçalo Pinto - Setembro 18, 2021

Todos passámos a conhecer a história de Emma Raducanu. Uma menina de 18 anos, que era 150.ª do ranking WTA, que tornou bem real um sonho altamente improvável de conquistar o US Open quando ninguém esperava. Ali foi celebrado o primeiro título profissional da curtíssima carreira de Raducanu, que havia celebrado apenas no ITF World Tour e por um par de vezes. Para que se tenha noção, foi apenas a quinta tenista na Era Open – entre homens e mulheres – a erguer o primeiro troféu profissional da carreira num Grand Slam. Sabe quem foram os outros?

O primeiro dá pelo nome de Mats Wilander. Com apenas 17 anos e já depois de perder duas finais no ATP Tour, o sueco era o número 18 do mundo quando chegou a Roland Garros em 1982 para fazer história. Wilander, que havia deixado escapar as finais de Banguecoque e Bruxelas, guardou algo muito especial para bater Guillermo Vilas na final em pleno Estádio Philippe Chatrier.

No mesmo local, 15 anos depois, foi a vez de Gustavo Kuerten repetir a graça. Aos 20 anos, Guga nem nunca tinha ultrapassado os quartos-de-final num torneio profissional, mas foi embalado por um título Challenger antes de Roland Garros e aí marcou uma página dourada na história do ténis brasileiro. Era o número 66 do ranking e deixou pelo caminho craques como Thomas Muster, Yegveny Kafelnikov e Sergi Bruguera para erguer a taça em Paris em 1997.

Continuamos em Paris, mas no feminino. Bem mais recentemente, em 2017, Jelena Ostapenko tinha 19 anos e estava no 47.º posto do ranking WTA quando viveu uma história espantosa. A letã, que levava três finais perdidas na bagagem, guardou o primeiro título para Roland Garros, ao superar Simona Halep na final. Iga Swiatek achou que também ficava bem na fotografia fazer o mesmo e sagrou-se campeã na terra batida parisiense em 2020, sem perder qualquer set, tal como Emma Raducanu agora no US Open.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt