Draper pronto para a Davis após brilharete no US Open: «Tinha de mudar a minha identidade»

Por Nuno Chaves - Setembro 12, 2024

Jack Draper foi a grande revelação do US Open ao chegar às meias-finais mas não foi isso que o tirou da fase de grupos das Davis Cup Finals, onde vai representar a Grã-Bretanha.

Agora com o estatuto de top 20 mundial, Draper assume-se como a grande figura do ténis britânico, algo que o próprio vê com bons olhos, como revelou ao site da Davis.

PAPEL DE REFERÊNCIA

Sinto-me bem. No ano passado sentia-me numa posição diferente. Tive um verão de lesões e estava na equipa com o Murray e o Norrie também estava aqui, foi uma experiência incrível. A minha estreia não podia ter sido melhor, joguei com um público incrível em Manchester. Era uma posição um pouco diferente. Podíamos rodar o plantel e esse tipo de coisas, mas este ano sinto-me incrível ao estar numa melhor posição para ser, com sorte, a pessoa que lidera a equipa.

COMO SE SENTE APÓS O US OPEN

Sinto-me tranquilo e bem porque estive a trabalhar duro durante muito tempo. Estive a tratar de avançar com o meu ténis e à espera de que chegasse algo grande. Chegar às meias-finais de um Grand Slam, estar nesse posição e jogar nos palcos mais importantes do mundo é algo que queria fazer e algo que estava à espera. Sinto-me muito bem por isso e é bom demonstrar o meu trabalho duro e o meu jogo.

OLHAR EM FRENTE

Obviamente que ainda tenho de melhorar. Também num desporto como o ténis, onde tudo é tão implacável, é difícil fazer uma reflexão, por isso, agora estou aqui e quero fazer o melhor possível para a equipa e depois ir para a Ásia. Creio que quando tiver tempo, vou olhar para trás e vou sentir-me orgulhoso de mim mesmo.

EM EVOLUÇÃO CONSTANTE

Passei por um período no início do ano em que joguei contra muitos dos melhores porque não era cabeça-de-série nos torneios. Dei conta de que o meu jogo estava à altura dos melhores mas tinha de ser mais valente, acreditar mais em mim mesmo, ir contra eles. Creio que este ano passei por vários períodos em que perdi bastantes encontros seguidos e sabia que era importante para mim que, se queria superar esses encontros e superar essas metas, tinha de mudar a minha identidade como jogador e mudar a minha forma de ser mentalmente.

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.