Do ídolo Nadal aos descontrolos de Djokovic: irmão de Nole abre o livro

Por Bola Amarela - Abril 9, 2021
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Djordje Djokovic, que por estes dias assume as funções de diretor do ATP 250 de Belgrado, aparece pouco para dar entrevistas. No entanto, quando quis falar acabou por não fugir a nenhum tema mais quente e ainda aproveitou para confessar que o seu ídolo sempre foi… Rafael Nadal. Mas vamos por partes. Incontornável era falar sobre, por exemplo, a desqualificação do irmão Novak Djokovic no US Open.

“O Novak foi quebrado a 5-5 no primeiro set. Levanto-me para ir à casa de banho e ouço o comentador a dizer ‘oh não’. Voltei à televisão, vejo uma mulher no chão e o desespero do Novak. Estava a ver com um amigo e disse logo ‘isto está feito, ele vai ser desqualificado’. Era inevitável e não posso dizer que foi injusto, aquelas são as regras. Por outro lado, se ela não tivesse caído, ele não tinha sido desqualificado. Não sou imparcial, mas sinto que a reação foi exagerada”, confessou o sérvio de 25 anos.

Diga-se que Djordje não teve problemas em admitir que o descontrolo emocional acaba por ser a principal falha no ténis do irmão mais velho. Não dá para manter sempre as emoções controladas. Penso que Federer é o único que consegue fazer isso. Ele é tão calmo e mantém a compostura. Até Nadal tem algumas explosões emocionais às vezes. Na Sérvia somos assim, emocionais, e talvez isso seja o pior traço do Novak em court. Mas aquele incidente foi muito azar. Havia para aí 12 pessoas no estádio e ele conseguiu acertar numa. Sem desrespeito por ninguém, ele estava destinado a ganhar o título ali”, atirou.

Por outro lado, Djordje Djokovic revelou que Nadal era o seu ídolo no circuito ATP. Era de tal forma a referência que até se vestia como o tenista espanhol, já quando o irmão desenvolvia uma rivalidade com o maiorquino. E até houve um encontro especial entre ambos que envolveu… uma máquina de jogos.

“Tenho memórias muito boas de Nadal. Novak apresentou-me a ele em Monte Carlo em 2006. Um dia estava no lounge quando Nadal entrou na sala e ele era o meu ídolo. Usava camisolas sem mangas e calções longos por causa dele. Havia uma máquina de ‘pinball’ e ele perguntou-me se eu queria jogar. Jogámos e fiquei de coração cheio! Ganhei-lhe, então ele pontapeou a máquina, mas depois deu-me um abraço. Daí para a frente, falamos sempre que nos encontramos. Ele é muito boa pessoa”, revelou.