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Djokovic e o peso da final de Wimbledon: «Sei que Federer tem 8 títulos e eu só tenho 7»
Novak Djokovic não tem problemas em reconhecer que a final de Wimbledon de 2024 volta a trazer grande peso histórico consigo. Não só tem pela frente Carlos Alcaraz, como persegue um registo particular de Roger Federer, algo que está bem presente na mente do sérvio.
RIVALIDADE COM ALCARAZ
A final de Wimbledon é o encontro de ténis mais visto do ano em todo o Mundo. Não sei se vou partir o coração ao Carlos, não tenho interesse nisso. Ainda é muito jovem, embora já tenha três Grand Slams. Surpreendeu-nos todos no ano passado pela forma como jogou em Queen’s e Wimbledon, para alguém que cresceu em Espanha não se esperava algo assim. Ou talvez se esperasse mais em Roland Garros, como nesta época, ou no US Open, como fez há anos. Mas a forma como se tem movido na relva nestes dois últimos anos foi brutal. Vejo muitas semelhanças entre ele e eu no que diz respeito à capacidade de adaptação às superfícies. Diria que é o seu maior rasgo, tem a capacidade para jogar bem em qualquer lado e adaptar-se a qualquer adversário. É um jogador muito completo, é impressionante o que já fez tão cedo, vai ganhar muito na sua carreira.
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RECUPERAÇÃO DA OPERAÇÃO
Não quero mostrar às pessoas que estavam enganadas, só estava focado em disputar Wimbledon uma vez mais. Não fui imprudente. Quando começámos a recuperação, segui cada passo diário e fiz mais do que isso para chegar a Wimbledon. Concordámos que não falávamos da minha participação até 3 ou 4 dias antes do torneio. Até que chegasse a Londres e testasse o meu joelho no court, em sets de treino, não sabíamos como ia reagir. Todo o processo deu-nos indicações positivas. Entendo que pensem que foi muito prematuro, ou que foi imprudente, mas não. Não esqueçamos Taylor Fritz, que voltou 21 dias depois da cirurgia e jogou várias rondas aqui.
O QUE ESTÁ EM JOGO
Sei que Federer tem 8 títulos em Wimbledon e eu só tenho 7. A história está em jogo, além de um potencial 25.º Grand Slam. Serve como motivação, mas também gera pressão e expectativas. Cada vez que vou para o court sei que tenho 37 anos e compito com miúdos de 21, mas ainda espero ganhar a maioria dos encontros. Tenho de fazer tudo o que é possível para estar à altura do Carlos, Jannik, Sascha ou Daniil. Este ano não tem sido tão bem sucedido para mim, seguramente a primeira metade mais tremida em muitos anos, mas não faz mal, tive de adaptar-me e aceitar. Muitos anos não cheguei a Wimbledon com o nível desejado e acabei a ganhar o título. Wimbledon tira o melhor de mim, motiva-me a aparecer sempre e dar o meu melhor. Sei o que há em jogo em que cada Grand Slam que disputo, uso isso como combustível.
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