Djokovic deixa mensagem a Alcaraz: «Vai ganhar este torneio muitas vezes»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Junho 9, 2023

Novak Djokovic ultrapassou Carlos Alcaraz a caminho da sua sétima final da carreira em Roland Garros, num encontro que ficou marcado pelo colapso físico do espanhol, que sofreu muito com cãibras a partir do início do terceiro set. O sérvio fez questão de deixar uma mensagem ao número um do Mundo, mostrando a certeza de que ali está um futuro campeão do Grand Slam francês.

SITUAÇÃO DE ALCARAZ

Muito azar para o Carlos. A este nível, a última coisa que se quer são cãibras e dificuldades físicas nas últimas rondas de um Grand Slam. Sinto muito por ele. Espero que consiga voltar rapidamente. Disse-lhe na rede que tem muito tempo e tenho a certeza de que vai ganhar este torneio muitas vezes. É um atleta incrível, um grande competidor, uma grande pessoa. Merece todos os aplausos e apoio. É difícil para ele saber se devia desistir ou acabar o encontro da maneira como foi, mas parabéns pelo espírito combativo e por lutar até ao último ponto. Muito respeito por isso.

DUREZA DA BATALHA

Penso que estávamos os dois no limite físico no fim do segundo set. Não me estava a sentir nada fresco. Fomos ao limite e era um encontro muito equilibrado a um set. Depois acontecem-lhe as cãibras e a partir daí foi um encontro diferente. Tentei ficar concentrado, presente. Não queria pensar demasiado no que estava a acontecer no outro lado da rede mas, mais uma vez, respeito por ele e espero que volte rapidamente.

Leia também:

 

MUDANÇA TÁTICA

Não é fácil manter a intensidade no court. No primeiro set e meio estava a jogar realmente bem. No fim do segundo set ele foi melhor e mereceu. Eu tive de jogar agressivo, de atacar a bola cedo. Se não fizesse isso, ia ser ele o jogador agressivo. Ele gosta de jogar esse estilo. É muito dinâmica, tem muita potência, tive de igualar isso e fazer ainda melhor. Foi muito cansativo, mas estou muito orgulhoso por voltar à final.

SER MAIS AGRESSIVO

Tinha de entrar no court e ser agressivo. Se lhe dermos tempo, ele vai destruir-nos no court. Joguei muito bem durante um set e meio, depois quebrei um pouco fisicamente e ele subiu. Tive algumas oportunidades, mas ele mereceu ganhar o segundo set. Depois no início do terceiro viram o que acontece. É infeliz a este nível viver isto, mas ele é tão jovem e sei que vai voltar mais forte.

SURPREENDIDO COM O SEU NÍVEL?

Não estou muito surpreendido. Estava a querer ter este nível durante a temporada de terra batida inteira. Disse várias vezes que era em Roland Garros que queria atingir o pico e isso está a acontecer no momento certo. Mas isto ainda não acabou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt