Davidovich: «Sempre que venho a Portugal jogo bem, é especial»

Por Susana Costa - Maio 3, 2019
Alejandro-Fokina

Chegou como um perfeito desconhecido a esta quinta edição do Millennium Estoril Open e sai, venha o que vier por aí, como a grande revelação do torneio português. Alejandro Davidovich Fokina, de 19 anos, conquistou pela primeira vez as meias-finais de uma prova ATP, depois de passar com grande estilo e aparato por Gael Monfils.

“Senti-me muito feliz [após o match point], e muito cansado também, foi um encontro muito difícil”, disse o qualifier espanhol, após alinhar o seu quinto triunfo consecutivo no Estoril. “O Monfils jogou muito bem, e foi uma grande emoção ver a minha equipa a abraçar-se e a festejar”.

Habituado a vir desde muito nova a Portugal, onde conquistou o seu primeiro e único Future, no Algarve (Quinta do Lado), no ano passado, Davidovich chegou ao Estoril, há uma semana, sem qualquer triunfo no circuito principal. “Sempre que venho a Portugal jogo bem, é muito perto de minha casa, por isso não tenho de viajar muito. Jogar aqui, com este ambiente, é especial para mim”.

“Há menos de um mês, passei o qualifying do torneio de Marraquexe, onde joguei o meu primeiro encontro ATP. Cheguei aqui com a esperança de passar a fase de qualificação e, desde então, fui vencendo encontro a encontro”.

Contra o Monfils, “esperava um grande encontro, porque já tinha visto muitas vezes o Monfils na televisão, sabia que ele faz passing shots incríveis. Tentei de tudo para o vencer e fiz um bom encontro”, referiu o jogador de Málaga, anunciando que o seu objetivo “é ir subindo pouco a pouco no ranking e tentar chegar o mais próximo possível do top 100”. 

Quanto ao Masters 1000 de Madrid, torneio para o qual foi anunciado nesta sexta-feira como wildcard, Davidovich assegura que não é uma preocupação, para já. «Primeiro quero acabar da melhor maneira aqui e só depois penso em Madrid».

As suas atenções centram-se no encontro das meias-finais deste sábado, frente ao uruguaio Pablo Cuevas, que afastou Frances Tiafoe, finalista do ano passado.

 

Descobriu o que era isto das raquetes apenas na adolescência, mas a química foi tal que a paixão se mantém assolapada até hoje. Pelo meio ficou uma licenciatura em Jornalismo e um Secundário dignamente enriquecido com caderno cujas capas ostentavam recortes de jornais do Lleyton Hewitt. Entretanto, ganhou (algum) juízo, um inexplicável fascínio por esquerdas paralelas a duas mãos e um lugar no Bola Amarela. A escrever por aqui desde dezembro de 2013.