Coco Gauff não entende nível mais baixo no triunfo: «Foi frustrante!»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Janeiro 23, 2024
gauff

Coco Gauff esteve longe de fazer uma exibição bonita, mas conseguiu aguentar o sofrimento para bater Marta Kostyuk em mais de três horas para se apurar para as meias-finais do Australian Open 2024. A norte-americana confessou ter ficado frustrada por um lado, mas orgulhosa por outro.

FRUSTRAÇÃO NA VITÓRIA

Foi uma grande luta. Sei que não joguei o meu melhor ténis, mas estou muito orgulhosa por ter cumprido o objetivo. No aquecimento sentia-me bem, a bater bem na bola, a servir bem, nada a ver com o que aconteceu no court. Não sei como aconteceu isto tudo, não foi algo que tivesse sentido antes. Senti que estava a ir para as jogadas que normalmente faço, mas faltava-me algo, estive longe do nível de outros dias. Foi frustrante, mas fico feliz por ter ganho. Espero ter tirado este mau encontro do caminho e possa jogar melhor a partir de agora.

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AS MUDANÇAS DEPOIS DO US OPEN

Encaro os encontros como sempre, mas noto uma mudança de energia. Sinto que sou a jogadora que as outras querem vencer, vejo as adversárias mais livres, a mostrarem o melhor ténis por não terem pressão. Sem dúvida, sinto uma pequena mudança, embora enquanto jovem via que ninguém queria perder com uma miúda de 15 anos. Lembro-me de estar nessa posição, quando estava no início e jogava sem pressão. Não é fácil chegar ao topo, mas é muito mais difícil continuar cá.

MAIS UMA MEIA-FINAL NUM GRAND SLAM

Estar nas meias-finais de um Grand Slam é um grande feito e, ao mesmo tempo, um grande problema, mas com a experiência sinto que nunca será a última vez que o vou conseguir. Queremos jogar como se fosse a última vez, aproveitar o momento. Não penso nos recordes, mas espero conseguir isto rápido nos outros quatro Grand Slams. Dá-me confiança na hora de controlar os nervos nos momentos mais importantes destes torneios.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt