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Gauff faz confissões emocionadas: «Com 13 ou 14 anos estava deprimida, pensei em parar um ano»
Coco Gauff, menina prodígio de 16 anos que tem causado grande impacto no ténis mundial ao longo dos últimos 10 meses, foi a mais recente tenista a confessar-se para o blog ‘Behind the Racquet’, do tenista norte-americano Noah Rubin. Numa mensagem emocionada, a jovem craque contou como chegou a sentir-se deprimida na sua juventude por achar que não era feliz como os outros miúdos da sua idade.
Prodígio desde cedo. “Ao longo da minha vida, eu fui sempre a mais nova a fazer tudo, o que acrescentou um ‘hype’ que eu não queria. Passei a ter de fazer tudo demasiado rápido. Depois de me conseguir libertar, comecei a ter os resultados que queria”.
Infeliz em court. “Há uns anos, antes de Wimbledon em 2017 ou 2018, quando tinha 13 ou 14 anos, eu estava ainda a tentar descobrir se era realmente isto que eu queria. Eu sempre tive os resultados, esse não era o problema, mas simplesmente não estava realmente a desfrutar daquilo que sempre foi a minha paixão. Percebi que precisava de começar a jogar para mim e não para outras pessoas”.
Ponderou afastar-se do ténis. “Durante um ano estive realmente deprimida. Esse foi o ano mais difícil da minha vida até agora. Parecia que não tinha muitos amigos. Quando estás com essa mentalidade sombria, não vês o lado positivo das coisas com muita frequência e isso é a parte mais difícil. (…) Cheguei a pensar em tirar um ano de folga para me concentrar apenas na minha vida. Optar por não fazer isso foi obviamente a escolha certa, mas estive quase a ir na direção contrária. Eu estava apenas perdida. Estava confusa e a pensar demasiado naquilo que as outras pessoas queriam ou não que eu fizesse.”
Saiu mais forte da situação. “Precisei de muitos momentos para mim. Sentada, a chorar e a pensar. Saí desta situação ainda mais forte. Toda a gente me pergunta como eu me mantenho calma em court e acho que é porque aceitei realmente quem sou depois de superar os momentos mais difíceis da minha vida. Agora, quando estou em court, sou muito grata por lá estar.”
Não gosta de comparações com as irmãs Williams. “Pessoalmente, eu gosto de jogar por mais coisas do que por eu própria. Uma das maiores motivações é continuar a quebrar barreiras. Ao mesmo tempo, não gosto de ser comparada a Serena ou Venus. Ainda não estou no nível delas. Eu sinto sempre que não é justo as irmãs Williams serem comparadas com alguém que está agora a chegar. Ainda não parece certo, ainda as vejo como meus ídolos. Claro que espero chegar onde elas estão, mas são as duas mulheres que prepararam o caminho para mim e é por isso que nunca posso ser como elas.”
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