Cahill tira pressão de Sinner: «É um rapaz normal de 22 anos, tem muito a aprender»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 1, 2024
sinner miami
Divulgação/ATP

Darren Cahill é um dos grandes responsáveis pela transformação brutal de Jannik Sinner. O treinador australiano levou o italiano ao segundo posto do ranking ATP e celebrou agora a conquista do Masters 1000 de Miami, mas garante que tudo continua normal na cabeça do jovem transalpino.

SEM EUFORIAS

Ele entende que é um privilegiado pelo que faz, está a praticar um desporto que adora e fá-lo ao mais alto nível. Ele adora cada parte da sua vida neste momento. Jannik aprecia o que está a acontecer, mas tem os pés no chão ao saber que é apenas desporto, é apenas um encontro de ténis, embora continue a ser profissional em tudo o que faz. É um rapaz normal de 22 anos, tem muito aprender tal como o Carlos Alcaraz. Acho que são muito parecidos em muito sentidos. Por isso o ténis está em boas mãos com eles e muitos outros que vão chegar.

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COMPARAÇÕES

Ninguém devia comparar esta geração com o Big Three, já que alguns como o Novak ou o Rafa ainda estão a jogar. O que feles fizeram durante tantos anos é notável, não acho que vamos voltar a ver essa determinação aconteça o que acontecer. Vivê-lo de fora como adepto foi incrível. Os que vemos com os jogadores que aparecem agora é um resultado direto do seu profissionalismo, das equipas que formaram e de como tentam melhorar cada peça do seu jogo. O Big Three tentou maximizar tudo, então esta geração está a copiá-los. Mas não os comparo, seria injusto. Precisam de tempo para se afirmar.

COM RESPEITO MAS SEM MEDO

Tem muita confiança, a forma como terminou a época passada ajudou-o muito, amadureceu imenso nos últimos 12 meses. Fazer o que fez em Turim, chegando à final, para depois ganhar a Taça Davis, foi um grande momento para ele. Depois levou essa confiança para o Australian Open. Agora, quando entra em court, respeita todos os jogadores mas não tem medo de ninguém. É muito importante estar pronto para dar o melhor de si a cada dia. Algumas vezes terás desaires inesperados, mas está tudo bem, aprendes com isso. Mas na maior parte dos dias, a jogar assim, vai ser bom.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt