Borges feliz em Wimbledon: «A relva está verdinha e os morangos estão ótimos»

Por José Morgado - Junho 30, 2023

Nuno Borges passou esta sexta-feira pelo programa ‘Manhã Informativa’, da Sport TV, para falar sobre a sua participação em Wimbledon, onde será o único português em singulares.

DE REGRESSO A WIMBLEDON

É um prazer estar em Wimbledon novamente. Em 2022 fui repescado na qualificação, joguei o quadro e foi incrível. Este ano a relva está muito verdinha, os morangos estão ótimos e tem estado bom tempo.

SEM METAS A LONGO PRAZO NA PROVA

Jogo a jogo, cada encontro é uma final para mim aqui. À melhor de cinco sets tudo pode acontecer e há muitos altos e baixos. Tenho gostado muito desta relva, que é especial. Este lugar é diferente e o prestígio que se dá a Wimbledon é justificado. É um clube muito bonito e dá-nos ainda mais prazer de estar aqui e jogar o nosso melhor.

TORNEIO MUITO ESPECIAL

Só mesmo vivendo a experiência, ver jogos, sentir a relva se percebe. São condições muito específicas. Em Portugal não temos campos de relva. É uma cultura diferente e faz-nos relembrar toda a história do ténis.  Só por isso já é especial. Cada Grand Slam tem o seu ambiente, mas a cultura inglesa é conhecedora de ténis. São muito educados, sabem como o ténis funciona. É uma vivência mais autêntica. Seria ótimo jogar num dos campos maiores, mas  vamos ver.

Nuno Borges defronta top 20 na primeira ronda de Wimbledon

DJOKOVIC FAVORITO

Estatisticamente o Novak Djokovic é o favorito. Os números não mentem e ele não perde aqui há muito tempo. 28 encontros seguidos, quatro títulos. Não vejo por que razão ele não seria o favorito. Defrontaria o Djokovic com todo o prazer aqui, mas é impossível controlar isso. Estou entusiasmado.

ENCONTRO A ENCONTRO…

Entendo que se deve ir jogo a jogo. Nunca ganhei aqui por isso é melhor manter uma perspetiva mais modesta e ir jogo a jogo. Todos os encontros serão complicados.

SEM PRESSÃO EXTRA POR SER O ÚNICO PORTUGUÊS EM SINGULARES

Não me sinto mais pressionado e levo de maneira leve. Gostava de ter aqui mais portugueses. Está cá o Francisco também e temos de aproveitar os poucos que somos para chegar o mais longe possível.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt