Borges e Cabral não conseguiram sentir “aquele fogo” para chegar à final do Estoril Open

Por Pedro Gonçalo Pinto - Abril 8, 2023
Miguel Reis/Bola Amarela

Nuno Borges Francisco Cabral viram o sonho de revalidar o título no Millennium Estoril Open chegar ao fim nas meias-finais, ao perderem com Sander Gille Joran Vliegen. Na hora de analisar o desaire, a dupla portuguesa falou descomplexada de um encontro em que não encontrou o seu melhor nível.

NUNO BORGES

Tenho andado a fazer um esforço desde o início da semana, um bocadinho mais apático do que o costume. Se calhar encontrei-me um bocadinho mais cansado do que gostaria. Nem fisicamente, mas mais de cabeça. Ainda tentei tirar a semana passada para me preparar da melhor maneira, mas pesou. Foi uma semana desgastante, que gostava de estar mesmo fresquinho para ter o meu melhor ténis. Mas essas coisas não consigo prever e fez-se pesar também. Fizemos um bom esforço para tentar manter a energia. Mas com pontos tão curtos custa entrar dentro jogo e sentir aquele fogo, até mesmo a aquecer, dentro de campo.

Não achei que cedemos muito com essa pressão. Viemos entusiasmados para voltar a capitalizar e ganhar os encontros. Não achei que tenhamos jogado melhor ou pior por causa disso.

Manter-me o melhor possível. Barcelona é um ATP 500 e é a primeira vez que vou jogar esse torneio. Qualquer jogo que ganhe é ótimo.

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FRANCISCO CABRAL

Está aos olhos de toda af gente que não foi o nosso melhor encontro, também por mérito deles que serviram muito bem, nos sítios certos, variaram velocidade. Deixaram-nos um bocadinho desconfortáveis e este tie-break do segundo set pode parecer azar mas foi o pesar de todo o encontro, de estarem sempre por cima e mais perto de algo do que nós. Tiveram mérito.

Não tenho objetivos concretos agora para a terra batida. Passa por estar bem fisicamente e disponível mentalmente para dar o melhor em todos os pontos. Só assim é que uma pessoa ganha jogos porque a este nível todos os encontros são super exigentes. Todas as duplas querem ganhar, toda a gente conhece toda a gente, pontos fracos e fortes. Há que estar a 200 por cento fisicamente e mentalmente e esse é o meu grande objetivo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt