ATP ‘lava as mãos’ e culpa a ITF pelas alterações na pontuação dos Futures
A temporada de 2019 trouxe uma verdadeira revolução nos escalões inferiores do ténis profissional, com os torneios ITF de 15 mil dólares (masculinos e femininos) a deixarem de contar pontos para os respetivos rankings ATP e WTA. Em vez disso, passam a atribuir somente pontos para o novo ranking mundial ITF, o que prejudicou grande parte dos tenistas e que os tem deixado verdadeiramente… revoltados.
As reações têm-se multiplicado e esta terça-feira houve mesmo uma troca de mimos nas redes sociais. Primeiro, Dirk Hordoff, vice presidente da Federação Alemã e um dos críticos das recentes tomadas de posição da ITF, garantiu que partiu da Federação Internacional a intenção de fazer com que os torneios de categorias mais baixas deixassem de valer pontos.
“Em reunião, o presidente do ATP Chris Kermode deixou claro que nunca foi intenção do ATP deixar de oferecer pontos aos Futures. A única condição que o ATP impôs foi que os registos estatísticos dos encontros (e os live scores) deixassem de ser vendidos a casas de apostas, como o painel independente (que analisou o flagelo das apostas na modalidade) sugeriu. A ITF preferiu vender esses registos às casas de apostas abdicando dos pontos”, disparou Hordoff, insinuando que para a Federação Internacional esta reforma tem apenas uma motivação: ganhar mais dinheiro.
Num curto e rápido tweet, a ITF reagiu a essas acusações… negando-as. “Não há qualquer relação entre os pontos ATP para o circuito ITF de transição e a venda de dados”.
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