Alcaraz: «Há quem diga que eu não sou consistente, mas tenho mostrado o contrário»

Por José Morgado - Setembro 1, 2025
Alcaraz

Carlos Alcaraz continua a mostrar-se em grande forma no US Open 2025 e garantiu este domingo a presença nos quartos de final, depois de derrotar o francês Arthur Rinderknech em sets diretos. O número dois mundial exibiu-se a alto nível frente a um adversário perigoso ao serviço, mas voltou a confirmar a sua consistência e ambição no último Grand Slam do ano.

Na conferência de imprensa, o espanhol destacou desde logo a exigência do próximo obstáculo: o checo Jiri Lehecka. “O Jiri é verdadeiramente duro. Tem um estilo parecido ao do Rinderknech, mas com mais consistência e muito bons golpes. Tem um grande serviço também. Sofro sempre que jogo contra ele, não há dúvida. Já jogámos duas vezes este ano e estamos 1-1. Tenho de rever o que fiz bem e mal nesses encontros para conseguir uns quartos de final perfeitos”, afirmou.

Questionado sobre a consistência do seu jogo, Alcaraz foi claro, lembrando que vai em sete finais seguidas: “Provavelmente muita gente diz que não sou tão consistente como deveria, mas ao mesmo tempo tenho bons resultados e demonstro isso nos grandes torneios. Por vezes é complicado aceitar que chegar a quartos ou meias-finais não seja suficiente, mas é importante perceber como se jogou. Às vezes esses quartos de final já são um bom resultado.”

Sobre o sabor amargo do final da temporada de 2024, o murciano deixou tudo para trás. “Já não penso em nada do ano passado. Entro em court com boas sensações e focado em desfrutar e mostrar o meu melhor ténis”, frisou.

Por fim, revelou como prepara cada encontro: “Nos dias de folga trabalhamos aspetos específicos do próximo adversário. Ontem treinei bastante o serviço-vólei e amanhã vamos focar-nos em detalhes do jogo do Lehecka. Mas será um treino leve, porque é importante guardar forças.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com