A incrível história de Jeanjean: «Se jogava bem com 14 anos porque não podia jogar bem agora?»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 26, 2022

Leolia Jeanjean é uma das histórias mais incríveis desta edição de Roland Garros. Aos 26 anos, a francesa está a fazer a estreia em torneios do Grand Slam e já se encontra na terceira ronda, depois de vencer os dois primeiros encontros da sua vida com adversárias do top 50. A segunda foi Karolina Pliskova, que caiu por 6-2 e 6-2, sendo que Jeanjean é uma prova viva de resiliência.

SURPREENDIDA COM TUDO

Não fazia ideia de que isto podia acontecer, mais uma vez. É incrível pensar que ganhei em dois sets a uma jogadora do top 10 que já foi número um do Mundo. É inacreditável. Estou muito feliz com este meu encontro.

CALMA EM COURT

Estou muito surpreendida por manter a minha calma e continuar concentrada. Normalmente eu fico zangada facilmente. Nem sempre tenho a melhor atitude em court, mas desde que cheguei aqui estou a portar-me bem. Estou surpreendida por estar lidar com as minhas emoções tão bem, ainda para mais num court como o Simonne Mathieu. É a primeira vez que jogo num estádio tão grande com tanta gente a apoiar-me.

NINGUÉM A CONHECE

Pois, ninguém sabe como eu jogo, acho que é um ponto a meu favor. Mas eu já tinha visto a Pliskova muitas vezes. Sei quem ela é, conheço os pontos fortes e fracos. Então posso estabelecer uma tática. Quanto à adversária, pode dizer ‘quem é ela?’. Se estou a jogar um Grand Slam é porque jogo bem, mas não me conhecem.

NUNCA DEIXOU DE ACREDITAR

Não sei bem o que dizer porque o que está a acontecer agora é algo que nunca imaginei. Quando deixei de jogar durante quatro ou cinco anos, nunca disse a mim própria que ia estar na terceira ronda de um Grand Slam. Mas o facto de nunca ter desistido e de ter sempre acreditado em mim é o que me faz estar aqui. Mas estou simplesmente feliz pelo que está a acontecer agora.

UMA EXCELENTE JÚNIOR E DEPOIS A LESÃO

Tive uma lesão num joelho e não joguei durante dois anos. Foi aí que decidi ir para os EUA estudar. Mas sim, quando parei de jogar era jovem. Só queria dar uma nova oportunidade porque se eu era boa com 14 ou 15 anos, porque é que não podia ser dez anos depois? Por isso é que arrisquei e está a resultar.


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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt