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Federer duvida que os jogadores de hoje vençam 10 Grand Slams: «Vão ganhar um ou dois»
Maior responsável pela multiplicação dos Grand Slams na história do ténis, Roger Federer diz não creditar que o milagre se repita tão cedo. Para o suíço de 36 anos, o talento dos jovens jogadores dificilmente será suficiente para os fazer chegar aos dois dígitos em provas Major, numa era tão competitiva como a que vivemos.
“Vai ser extremamente difícil ver um jogador chegar os dez Grand Slams neste momento”, disse o número um mundial aos jornalistas durante a cerimónia dos Laureus, logo após arrecadar os prémios de melhor desportista do ano e de regresso do ano. “É mais seguro dizer que alguns desses jogadores vão ganhar um ou dois, dez Grand Slams é muito difícil de prever”.
Não significa, porém, que não venha acontecer, até porque: “as pessoas também não viram isso em mim, na verdade”. “Talvez tenham visto no Rafa [Nadal]. As pessoas diziam que ele era capaz de ganhar uns cinco títulos em Roland Garros. Ele e o Bjorn Borg foram incríveis enquanto juniores, foram os melhores adolescentes que tivemos no ténis”, relembrou.
“Quando se começa a ganhar, como aconteceu comigo e com o Novak [Djokovic], de repente, olhamos para trás e temos oito ou dez Grand Slams, que loucura”, acrescentou Federer, sublinhando a importância da confiança na conquista desenfreada dos grandes títulos. “A confiança e o impulso são o mais importante. Quando conseguimos desbloquear o nosso jogo através do sucesso ou de um treinador que nos explica o que é que está a faltar, tudo pode mudar”.
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