Sabalenka e o que aprendeu em 2025: «Aconteça o que acontecer há que manter o controlo»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Outubro 31, 2025

Aryna Sabalenka cumpriu uma temporada de altíssimo nível e já sabe que vai fechar o ano como número um do Mundo. Houve momentos duros, como as derrotas somadas no Australian Open e em Roland Garros, mas a bielorrussa acabou a sorrir e explica o que aprendeu a caminho das WTA Finals.

NÚMERO UM DO INÍCIO AO FIM

Significa muito terminar a temporada como número um do Mundo, é um registo que mostra quão consistente sou como jogadora, o que é uma loucura pensar. Se formos cinco anos para trás, por exemplo, e alguém me dissesse que ia acabar por ser uma tenista tão consistente, ia ficar realmente surpreendida. É a melhor prova de que o trabalho duro vale a pena, então espero continuar tão bem como agora.

O QUE APRENDEU COM AS DERROTAS DURAS DESTE ANO

Foram momentos difíceis, mas uma lição para mim. No fim, acho que foram lições necessárias, tive de aprender a controlar-me ainda mais. Apesar de ter melhorado muito em aspetos do jogo, ainda não estava a ser suficientemente boa. Acho que nessas finais me faltava algo e era o controlo das emoções. Depois de Roland Garros e do ruído que a comunicação social fez, tive de me sentar e ver por outra perspetiva, tomar o controlo das minhas emoções. Depois de ganhar o US Open senti-me muito agradecida por essas lições.

LIÇÕES DO AUSTRALIAN OPEN E DE ROLAND GARROS

Claro que cometi alguns erros táticos. Se me conhecem bem, também tive uma gestão horrível das emoções, daí todos os erros não forçados que cometi. A principal lição que aprendi é que não interessa o que acontece, não interessa como me sinta frustrada ou como esteja por dentro, ainda assim tenho de manter a calma e tentar pensar com clareza, focar-me no plano de jogo para lutar pelo encontro. Aconteça o que acontecer há que manter o controlo. Se virmos as duas primeiras finais, é evidente que gritar e disparar a bola não me ajudou a ganhar. Manter o controlo foi a lição principal. Isso serviu-me para ganhar o US Open, lembrava muito esses encontros, não havia maneira de que me iria voltar a acontecer.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt