Osaka não quer ficar por aqui: «Isto é território desconhecido neste ponto da minha carreira»

Por Nuno Chaves - Setembro 2, 2025
Foto: EPA

Naomi Osaka protagonizou uma impressionante exibição para derrotar Coco Gauff e garantir o acesso aos quartos de final do US Open.

A antiga número um mundial mostrou que está mesmo de volta ao melhor nível, ainda assim, prefere desvalorizar e continuar a desfrutar do bom momento.

GRANDE OBJETIVO: CONTINUAR A DESFRUTAR

O principal que quero levar deste torneio é simplesmente o facto de querer divertir-me. Sei que na primeira ronda estava demasiado nervosa para sorrir, e o meu jogo contra a Kasatkina não teve nada de alegre. Quando cheguei a este encontro, só queria estar grata. Ela é uma das melhores jogadoras do mundo. Para mim, sinceramente, divirto-me mais quando jogo contra as melhores. Adoro quando fazem pancadas incríveis ou ases, porque é assim que ganham os torneios que ganham.

NOVA FASE NA CARREIRA

Isto é território desconhecido neste ponto da minha carreira. Estou simplesmente a desfrutar, a divertir-me. Posso jogar contra as melhores jogadoras do mundo. Se me perguntassem o que é mais entusiasmante hoje em dia, diria que é o facto de já não precisar de um convite para participar nos torneios. Vou ser cabeça de série em torneios como Indian Wells ou Miami e é por isso que estou contente.

MOTIVAÇÃO MÁXIMA

Dá-me uma grande motivação. Em criança via televisão com a esperança de jogar este torneio. Vinha cá e sonhava jogar num desses courts ao ar livre, tão fixes. Estar no estádio principal, independentemente do momento da minha carreira, é sempre uma honra. Disputar um jogo de que toda a gente parece falar antes também é muito divertido. Acho que são estes os momentos pelos quais jogo ténis.

TRABALHO A DAR RESULTADOS

Estive muito frustrada durante bastante tempo porque sentia que estava a jogar bem, mas havia qualquer coisa que não sei se me faltava ou se era apenas uma questão de mentalidade. Depois joguei contra a Samsonova e não desisti até ao último ponto, acabei por ganhar. Acho que a partir desse momento simplesmente tentei ser a melhor lutadora possível. Pousar a raquete para sempre seria algo muito assustador. Jogo este desporto desde os 3 anos, é como respirar. Não saberia o que fazer. Estou muito agradecida por estar aqui agora e a ideia de deixar de jogar tão cedo nunca me passou pela cabeça.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.