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Sabalenka: «Devia ter sido mais corajosa, a certa altura esqueci-me que sou número um do mundo»

Ainda não é desta que Aryna Sabalenka conquista um título do Grand Slam na presente temporada e, em Wimbledon, fez ainda pior ao cair nas meias-finais – na Austrália e Roland Garros tinha chegado à final.
É por isso mais um momento dececionante para a número um do mundo que, aos jornalistas, mostrou-se muito crítica consigo mesma e garante que tinha de ter mostrado mais garra e crença.
MAIS CALMA E COM ELOGIOS À ADVERSÁRIA
Se estão à espera de uma conferência de imprensa parecida com a última em Roland Garros podem esquecer, não vai acontecer. Portanto, quem estiver à espera disso, pode ir embora (risos). Hoje a Amanda foi a melhor jogadora, essa é a realidade. Perder é sempre uma porcaria, sentes-te miserável, parece que não queres existir, como se fosse o fim da tua vida. Mas depois sentas-te um pouco e começas a pensar no que podias ter feito de diferente durante o jogo. Vês coisas, percebes melhor os momentos, entendes por que é que a outra jogadora conseguiu evoluir mais durante a partida. O primeiro impacto é sempre o pior, sobretudo porque quando estás tão perto no torneio, significa que também estás mais perto do teu sonho. E perder, nesse momento, significa o fim.
O QUE CORREU MAL?
O mais óbvio: a minha resposta ao serviço hoje podia ter sido muito melhor, foi claramente pior do que nos dias anteriores. Tenho de admitir que dei o meu melhor naquele momento, mas o jogo de resposta não funcionou. Mesmo assim tive as minhas oportunidades, mas no último jogo também não consegui servir bem. Servi, mas ela tratou de esmagar os meus serviços. Admito que foi mais corajosa, talvez eu estivesse a tentar apenas manter-me nos pontos, enquanto ela foi para cima, muito mais agressiva. Às vezes só abria os braços, a cometer erros, sem perceber porquê. Devia ter sido mais corajosa, lembrar-me de que estou no topo do ranking e que consigo. Acho que a certa altura esqueci-me disso.
CONTINUA SEM CHEGAR À FINAL DE WIMBLEDON
É difícil tirar conclusões, mas espero mesmo ganhar aqui um dia. Já perdi três meias-finais, todas muito difíceis, noutro ano lesionei-me e houve um ano em que nem me deixaram jogar. Neste momento tenho uma relação mais de amor-ódio com este torneio, mas espero conseguir dar a volta e transformar essa relação em algo mais romântico. Claro que, se um dia ganhar, vou olhar para trás e lembrar-me de todas estas derrotas, a pensar que mesmo assim consegui. Agora custa mais acreditar, mas nunca desisto, voltarei mais forte, com certeza.
PALAVRAS DE PARIS JÁ LÁ VÃO
Simplesmente, não quero voltar a enfrentar esse ódio. Todos podemos perder o controlo das emoções, é normal, acontece-me sempre que estou perto de ganhar um jogo e acabo por perdê-lo. É aí que se começa a gritar, a partir raquetas, mas tento lembrar-me que isso nunca é uma opção, que isso não me vai ajudar a manter-me no jogo nem a lutar pelo meu sonho. Mesmo agora, antes de vir falar convosco, tirei algum tempo para me recompor e ser a Aryna, não aquela pessoa descontrolada que apareceu na última conferência em Roland Garros.
2025 AGRIDOCE
Os resultados são impressionantes, já estou qualificada para Riade e ainda vamos a meio do ano, nunca me tinha acontecido antes. Apesar de ter perdido várias finais e alguns jogos complicados em Grand Slams, continuo a achar que a consistência que consegui mostrar é impressionante. Ainda há muitas coisas que fiz e das quais me orgulho. Esta experiência mostra que no próximo ano voltarei aqui com mais fome, é isso que estas derrotas mais duras provocam, ajudam-me a voltar mais forte. Tenho grandes esperanças para o próximo ano.
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